Segurança da Informação e o modelo híbrido: o que esperar para 2022?

Os ambientes de trabalho híbrido criarão oportunidades para as empresas, fomentando produtividade e colaboração, mas exigem também atenção redobrada na proteção e contexto do acesso, na identidade e na gestão de vulnerabilidades

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Mais de 120 milhões de brasileiros estão totalmente imunizados contra o Covid-19 e, nesta semana, o Estado de São Paulo não registrou nenhuma morte pela primeira vez desde o início da pandemia. Com o avanço da vacinação, as empresas estão traçando estratégias para o retorno aos escritórios, entretanto, será uma volta pautada no modelo híbrido.

 

De acordo com a 6ª edição da pesquisa “Covid-19: como será o seu retorno aos escritórios”, elaborada pela KPMG no Brasil, 85% das empresas entrevistadas pretendem variar entre o home office e o trabalho presencial. 52% afirmam que retomarão o trabalho presencial ainda no segundo semestre de 2021; 40% dos entrevistados apontam que isso ocorrerá no primeiro semestre de 2022 e 8% devem retornar apenas no segundo semestre de 2022. A análise foi realizada entre julho e agosto de 2021 e teve a participação de 287 empresários que atuam em diferentes setores de negócios.

 

Essa combinação de trabalhar alguns dias no escritório e outros em casa, por mais que promova produtividade das equipes e bem-estar aos colaboradores, ela expõe as organizações a uma série de riscos cibernéticos. Se a gestão de acessos, principalmente os privilegiados, já era um desafio para o CISO, hoje, ao se deparar com funcionários conectando-se várias vezes por semana em redes diferentes, fica claro que os gestores de Segurança terão de lidar com centenas de novos vetores de ataques. Esse cenário será amplamente discutido durante os painéis de debate do Congresso Security Leaders.

 

Em termos de infraestrutura digital, a nuvem é o centro do modelo híbrido. Empresas já estão adotando diferentes sabores de nuvem híbrida e Multicloud, convergindo rede e segurança para uma proteção baseada em cloud e em tecnologia de borda de serviço de acesso seguro. De acordo com uma pesquisa da Check Point sobre “Segurança de Trabalho Remoto e Híbrido”, 45% dos 450 entrevistados afirmam que as organizações correm maior risco de ataques cibernéticos quando mudam para o trabalho remoto.

 

O Relatório Predictions 2021 da IDC corrobora com o tema nuvem. De acordo com a consultoria, as necessidades impostas pela pandemia mostraram que a nuvem é um caminho rápido para ampliar a resiliência operacional da TI. A otimização do uso da cloud determinará o ritmo e a direção de novas tecnologias para infraestrutura, aplicações e segurança. Somados, os gastos com infraestrutura (IaaS) e plataforma (PaaS) em nuvem pública no Brasil devem atingir US$ 3 bilhões este ano, o que representa um crescimento de 46,5% em relação a 2020.

 

Agora, mais do que nunca, devido aos efeitos de longo prazo que o trabalho remoto terá nas necessidades e arquitetura de segurança de dados, os CISOs têm um árduo trabalho para resolver as necessidades de conectividade e segurança confiável para qualquer usuário, independentemente do dispositivo, local ou recurso de destino.

 

Os ambientes de trabalho híbridos criarão oportunidades para as empresas, fomentando produtividade e colaboração, mas exige também atenção redobrada na proteção e contexto do acesso, na identidade e na gestão de vulnerabilidades. Temas em destaque nos painéis de debate do Security Leaders. As inscrições estão abertas e são gratuitas.

 

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