Seguro para Riscos Cibernéticos cresce 475% desde 2020, aponta relatório

Confederação Nacional das Seguradoras revela que a busca pelo Seguro para Riscos Cibernéticos cresceu de maneira acelerada após empresas brasileiras enfrentarem prejuízos em ataques

Compartilhar:

A Confederação Nacional das Seguradoras (CNseg) mostrou um aumento da busca pelo seguro que protege empresas dos prejuízos causados por ciberataques. Segundo os dados divulgados, houve um aumento de 475,1% na arrecadação de Seguro para Riscos Cibernéticos em cinco anos.

 

A CNseg explicou que a evolução tecnológica e da Inteligência Artificial tem ampliado as ações dos cibercriminosos, tornando os ataques mais sofisticados. E a maneira de se proteger contra os impactos financeiros e operacionais é procurando por esse tipo de cobertura.

 

O coordenador da Subcomissão de Linhas Financeiras da Federação Nacional de Seguros Gerais (FenSeg), João Fontes alertou que o impacto de ataques cibernéticos no Brasil afetou empresas de todos os portes e setores. “Esse cenário explica o sentido urgência que está levando muitas empresas a investirem em Cibersegurança, refletindo no aumento das contratações desse seguro”, afirmou Fontes.

 

A instituição ainda trouxe dados do estudo da Mordor Intelligence projeta que o mercado global de Seguro Cibernético, avaliado em 16,09 bilhões de dólares em 2024, pode crescer para 39,58 bilhões de dólares até 2029.

 

Entre os danos diretos ocasionados por ciberataques que geram perdas financeiras estão: extorsão e lucros cessantes; de conteúdo informacional, como vazamento de dados. Além disso, o uso indevido de informações e violação da privacidade e dos direitos de propriedade intelectual.

 

A CNseg, por meio do seu sistema de Compartilhamento de Incidentes Cibernéticos (CIC), consegue monitorar e compartilhra as informações com as seguradoras associadas, auxiliando na proteção contra novas ameaças. Algumas das informações apuradas foram:

 

Em 2024, foram emitidos 110 alertas, dos quais 65% foram relacionados a vírus e fragilidades de sistema, sendo: 21 sobre Malwares, software malicioso; 18 relacionados ao Ransomware, malware de sequestro de dados e uma das ameaças mais destrutivas; e 32 referentes a Vulnerabilidades 0-day, falhas de segurança que atingem softwares.

 

Os outros 35%, ou 39 alertas, foram incidentes que as seguradoras associadas visualizaram perante o cenário mundial e puderam antecipar possíveis riscos para o negócio. Somente em janeiro deste ano, a solução da CNseg já disparou 35 notificações, o maior número desde a criação do sistema em 2022.

Conteúdos Relacionados

Security Report | Overview

Pesquisa: Vulnerabilidades de novembro expõem riscos em plataformas digitais

Relatório aponta que atividades de exploração ativa, campanhas de espionagem e falhas em ferramentas corporativas reforçam a necessidade de atenção...
Security Report | Overview

Estudo prevê as principais tendências para o cenário de fraudes em 2026

Estudo prevê que, em 2026, identidades sintéticas impulsionadas por IA, fraudes profissionalizadas e redes sofisticadas de “mulas de dinheiro” vão...
Security Report | Overview

Malware de aplicativo de empréstimo cresce 43 vezes em dois anos, revela levantamento

De acordo com dados da pesquisa, o Brasil é o 2º país mais atacado por SpyLoan na América Latina
Security Report | Overview

Malware evasivo via conexões criptografadas aumenta 40%, alerta relatório

Estudo mostra que cibercriminosos adotam manobras encobertas para contornar assinaturas com malware zero-day e cadeias de infecção USP