Russo é suspeito de liderar esquema de lavagem de bitcoins

EUA apontaram Alexander Vinnik como operador de um site de câmbio de moeda digital que teria sido usado para lavar US$ 4 bilhões para pessoas envolvidas em cibercrimes e tráfico de drogas

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Os Estados Unidos indiciaram um russo na quarta-feira (26) como operador de um site de câmbio de moeda digital que teria sido usado para lavar mais de 4 bilhões de dólares para pessoas envolvidas em crimes que vão de invasões cibernéticas a tráfico de drogas.

 

Alexander Vinnik foi preso em um pequeno vilarejo à beira-mar do norte da Grécia na terça-feira, de acordo com autoridades locais, na esteira de uma investigação liderada pelo Departamento de Justiça dos EUA juntamente com várias outras agências federais e forças-tarefa.

 

Autoridades norte-americanas descreveram Vinnik em um comunicado do Departamento de Justiça como o operador do BTC-e, uma casa de câmbio usada para negociar a moeda digital bitcoin desde 2011.

 

Os investigadores alegam que Vinnik e sua firma “receberam” mais de 4 bilhões de dólares em bitcoin e fizeram negócios substanciais nos EUA sem seguir os protocolos apropriados para impedir a lavagem de dinheiro e outros crimes.

 

As autoridades dos EUA também o ligaram à falência da Mt. Gox, uma casa de câmbio de bitcoin sediada no Japão que fechou em 2014 depois de ser alvo de hackers. Vinnik “obteve” fundos da invasão da Mt. Gox e os lavou por meio da BTC-e e da Tradehill, outra casa de câmbio de sua propriedade sediada em San Francisco, informaram no comunicado.

 

Não foi possível contactar Vinnik para obter comentários.

 

“Assim como novas tecnologias de computação continuam a mudar a maneira como nos relacionamos uns com os outros e vivenciamos o mundo, criminosos também subvertem estas novas tecnologias para servir seus próprios objetivos nefastos”, disse Brian Stretch, procurador do Distrito Norte da Califórnia, onde Vinnick foi indiciado, no comunicado.

 

A polícia grega descreveu Vinnik como “um ‘mentor’ de uma organização criminosa procurado internacionalmente”.

 

Sua prisão é a mais recente de uma série de operações dos EUA contra criminosos cibernéticos russos na Europa. Na semana passada, o Departamento de Justiça norte-americano tomou medidas para fechar o mercado negro virtual AlphaBay.

 

Os processos também coincidem com uma investigação cada vez mais intensa sobre hackers russos devido ao fato de autoridades de inteligência dos EUA terem determinado que a Rússia interferiu na eleição presidencial de 2016 usando métodos de guerra cibernética para ajudar Donald Trump, algo que Moscou nega.

 

* Com informações da Agência Reuters

 

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