Segundo relatório encomendado pela Febraban e realizado pela Quod, mais de 10 milhões de CPFs no Brasil são suspeitos de participar de golpes, atuando como contas laranja. O relatório também mostra que as capitais, São Paulo, Rio de Janeiro e Fortaleza, lideram a abertura desse tipo de conta. Cidades pequenas também aparecem, com destaque para o aumento da incidência de aberturas suspeitas em Imperatriz do Maranhão, onde houve um aumento de 40%, Mogi das Cruzes, com 29% e São Gonçalo com 28%.
“As contas laranjas se referem a uma conta bancária informal ou não declarada, muitas vezes associada a práticas ilegais, como evasão fiscal ou lavagem de dinheiro, utilizadas para realizar transações financeiras, com o objetivo de evitar a detecção por autoridades fiscais. Em alguns contextos, o termo também pode estar relacionado a contas abertas em nome de terceiros, ocultando o verdadeiro beneficiário econômico”, disse Danilo Coelho, diretor de produtos e dados da Quod.
“Com inteligência de dados e Machine Learning, é possível encontrar padrões, além de definir com maior precisão onde está a incidência desses CPFs suspeitos e o perfil do fraudador. Com isso, gera-se conhecimento sobre este universo, viabilizando a resolução de problemas práticos do nosso dia a dia e tomando precauções para evitar prejuízos e danos”, acrescenta.
Nesse cenário, o relatório ainda aponta que a maioria dos CPFs utilizados para os golpes são de jovens de 18 a 25 anos – que, em sua maioria, possuem várias contas abertas ao mesmo tempo. “A evolução das fraudes em contas laranjas também indica uma tendência de aliciamento de contas antigas e de planejamento a longo prazo. Com isso em vista, a tecnologia é capaz de apontar operações suspeitas, além de aprender e indicar comportamentos, que podem alertar para uma futura fraude”, explica Danilo.