Pelo segundo ano consecutivo, a Quod reuniu lideranças, especialistas e convidados para discutir os desafios, tendências de mercado e a nova regulamentação relacionada a fraudes
As chamadas “contas laranjas”, contas bancárias que usam pessoas como intermediárias em transações financeiras fraudulentas, ocultando a identidade do criminoso, entraram de vez na mira das instituições financeiras e já são a principal prioridade para o setor de antifraude. O tema foi um dos assuntos prioritários debatidos ontem (04) durante o evento da QUOD em São Paulo.
Pelo segundo ano consecutivo, a iniciativa reuniu lideranças, especialistas e convidados de cerca de 100 Instituições Financeiras, Instituições de Pagamento, E-wallets, Emissores e Varejo, para discutir os desafios, tendências de mercado e a nova regulamentação relacionada à fraude. A edição atual contou com mais de 220 participantes e a presença de representantes do Banco Central, Banco Inter, Ifood, Iugu, Banco do Brasil e Risk Leadership Academy
“Os golpes envolvendo engenharia social vem aumentando cada vez mais. Golpes praticados por meio de contas laranjas, por exemplo, já são responsáveis por perdas que chegam a R$2,5 bilhões, de acordo com estimativas do Banco Central. Para evitar a normalização e mitigar o avanço deste tipo de fraude, é preciso conscientizar a população, assim como desenvolver soluções ainda mais ágeis de monitoramento e prevenção. Por isso, eventos como o nosso, onde conseguimos colocar os principais players do setor financeiro na mesma sala, são fundamentais para traçar estratégias cada vez mais efetivas no combate a este e outros tipos de fraude”, diz Ricardo Kalichsztein, CEO da QUOD.
Ao longo de toda a tarde, a programação, conduzida pela Vanessa Cocchi, contou com palestras, apresentação de cases e dois painéis de debates. Quem abriu o evento, às 14h, foi o CEO Ricardo Kalichsztein. A agenda então seguiu para o primeiro painel do dia, que discutiu os desafios e traçou um panorama sobre fraudes no e-commerce. A mesa foi composta por Nathalia Palazzo, Gerente de Prevenção a Fraudes do IFood, Renato Anzai, co-fundador da Risk Leadership Academy e Amanda Soares, Gerente de produtos Antifraude da Quod.
O segundo painel sobre as ameaças da “conta laranja” reuniu o Chefe do Departamento de Supervisão Bancária do Banco Central, Belline Santana, Bruno Rodrigues, Superintendente de Risco da Iugu e a Executiva de segurança de prevenção de fraudes do Banco do Brasil, Lia Pilatti. Completaram a mesa o Diretor de Riscos do Banco Inter, Thiago Garrides, além do Diretor de Data Analytics da QUOD, Danilo Coelho. A agenda ainda trouxe a apresentação de cases de aplicação de soluções da empresa liderada pelo Gerente de Finanças e Produtos, Luis Gustavo Rosenburg.
“Hoje, a maior parte das pessoas tem acesso a plataformas digitais. Sabemos que osproblemas de engenharia social foram acelerados pela pandemia que por sua vez acelerou a oferta de plataformas de combate à fraude. Ou seja, o aumento de golpes acompanhou o aumento e a oferta de serviços digitais, assim como soluções para tentar mitigar o problema. No caso das contas laranjas, a situação pode ter sido impulsionada pelos efeitos do desemprego durante o período que naturalmente deixam pessoas suscetíveis a cair em fraudes digitais como phishing, golpes de empregos, etc. Por isso, é fundamental a importância da comunicação para a conscientização da população com relação à prevenção a fraudes. Precisamos entender que a fraude é um problema de todos e não somente do banco e das pessoas, seja ela o golpista ou quem foi lesado. Podemos dizer que avançamos muito na prevenção das contas laranjas a partir do uso de dados, mas assim como nós conseguimos apresentar soluções mais eficientes, o golpista também desenvolve novas maneiras de continuar usando da mesma artimanha. A conclusão é que o setor antifraude não pode parar. Precisamos sempre estar um passo à frente do golpista”, explica o Diretor de Data Analytics e Produtos da QUOD, Danilo Coelho.