A RSA Conference abriu as portas nessa segunda-feira (06) para retomar as discussões sobre as novas tendências de Segurança da Informação em 2024. Diante de um cenário complexo para o setor, não apenas pela maior sofisticação dos ciberataques, mas também devido à atenção corporativa voltada ao tema, a nova responsabilidade dos CISOs será equilibrar tamanha quantidade de demandas e fazer com que o setor preserve e consolide sua relevância.
Essa realidade ficou evidente no primeiro keynote, “The Power of Community”. Segundo o Presidente Executivo da RSAC, Hugh Thompson, entre as grandes tendências desse ano estão as ameaças globais novas e antigas, cada vez mais eficientes e direcionadas, como ransomware e campanhas de spear phishing. Da mesma forma, as novas tendências tecnológicas, como IA, e sua rápida implementação nas empresas têm tirado o sono desses profissionais.
Além disso, os grandes impactos causados por interrupção das operações corporativas, como na MGM Resorts, e aumento da pressão vinda de novas legislações fez as lideranças corporativas ficarem mais atentas à Cibersegurança, levando os CISOs a se tornarem mais importantes no cotidiano corporativo. Hoje, muitos têm a demanda de participar do negócio e direcionar a inovação tecnológica internamente.
“Nesse cenário, vimos os índices de burnout dentro da comunidade de Cyber Security voltar a subir aos níveis de 2021, em plena pandemia de COVID-19, depois de uma tendência de queda nos anos seguintes. As palavras ‘confiança’ e ‘informação’ simbolizam algumas das causas disso, considerando que os CISOs dependem intensamente disso para se manterem no mercado, algo que os tem deixado preocupados e estressados”, explicou Thompson.
Diante desses novos contextos com os quais os Líderes de Segurança precisam lidar, o executivo relembrou aos seus pares presentes a importância de se construir relações cada vez mais intrínsecas entre os diversos profissionais ligados à área. Para ele, a cooperação e espírito comunitário construído entre os colaboradores de Segurança será peça essencial para desenvolver conhecimento definitivo e rápido.
“Como uma comunidade, nós somos formidáveis. É algo que não podemos esquecer quando fazemos nosso trabalho todos os dias. Essa conferência não seria possível sem esse senso coletivo em favor do nosso objetivo de proteger os ativos que nos são caros. Através da ajuda mútua, poderemos abordar os desafios mais complexos e criar em conjunto os mais altos padrões de Segurança cibernética”, disse ele.
A partir dessa consciência, o apelo de Thompson é por maior aproximação entre os pares de segurança, para que os novos obstáculos vindos de tecnologias emergentes e novas ameaças cibernéticas às empresas sejam respondidas em coesão, oferecendo resultados mais amplos. “É essa comunidade que, de fato, pode ajudar a enfrentar os problemas mais difíceis. Esse período novo da Cibersegurança apenas pode ser enfrentado com união”, encerrou.