Na visão da CEO e Co-Founder do Banco Útil, Marian Canteiro, as preocupações com cibersegurança precisam ser um assunto do negócio, o que demanda atenção redobrada do board e o CEO das organizações. Para ela, os líderes do business devem levar o tema para os demais setores da empresa.
“Todos precisam estar envolvidos, incluindo o RH, pois é um departamento importante para trabalhar o treinamento dos colaboradores. Ou seja, Cibersegurança é um assunto que nunca pode ser uma preocupação só do CISO”, destaca a executiva durante a abertura do segundo dia do Congresso Security Leaders, que acontece nesta quinta-feira (27) em São Paulo.
Segundo Marian, pesquisas apontam que 52% dos ataques cibernéticos têm origem de dentro da empresa. “Pode ser uma falha interna que, por falta de treinamento e de reciclagem desse conhecimento, gera impactos negativos, pois abre portas para vulnerabilidades”, completa.
A CEO foi Keynote no Congresso e trouxe uma palestra com o tema: “A Segurança como atributo de qualquer negócio – Estratégia e Posicionamento no mercado”. Seu objetivo central era ampliar o olhar do setor de comando das empresas para os problemas e crises que podem expor informações centrais para o funcionamento do negócio.
Além disso, em sua apresentação, Marian destacou que a preocupação com cibersegurança e privacidade de dados tende a se tornar um diferencial dentro do mercado, privilegiando companhias mais protegidas e se tornando um problema para companhias sem a proteção adequada. Assim, é necessário que as empresas construam uma relação muito próxima entre o CISO ou o líder de cibersegurança com setores chave da companhia como o orçamento, as relações com o funcionário e mesmo o board de controle.
Experiência do Cliente
Durante a palestra, Marian também ressaltou como situações de ataques cibernéticos podem ser problemáticos para o maior ativo: os clientes. Sejam eles usuários individuais, finais ou companhias parceiras, a forma como a empresa reage diante de um incidente pode ser fundamental para sustentar a relação de respeito entre as partes ou o próprio fim desse relacionamento.
“Falar de de experiência do cliente é a nossa preocupação principal. Desde a aquisição, é muito caro para uma empresa fazer uma venda, trazer um cliente para dentro de casa, é algo que não pode ser perdido. E num momento de invasão, de ciberataque, a confiança pode se perder completamente e se torna um problema que impacta diretamente na experiência do cliente”, arremata a CEO do Banco Útil