Em um cenário em que gerenciar custos e eficiência é determinante para a continuidade dos negócios, a Cibersegurança precisará repensar muitas das estruturas estabelecidas, considerando o que ainda é capaz de entregar valor e o que apenas é um gasto desnecessário. Essa higienização da Segurança é um passo essencial para tornar as operações da SI mais otimizadas e menos custosas para a organização, contribuindo para a geração de recursos.
Essa percepção é compartilhada por diversos representantes da Comunidade de Líderes do Security Leaders. Na visão deles, o nível de complexidade da Cyber está próximo da inviabilidade, devido à fragmentação de tecnologias, soluções e ferramentas, exigindo um movimento estratégico em torno da gestão consciente e inovadora das estruturas atuais.
Na visão de Vinícius Fiel, CISO da Porto Seguro e curador do Painel de Debates do SL Nacional sobre Higienização da SI, o grande desafio dessa demanda é manter os ativos tecnológicos de empresas de grande porte frequentemente otimizados. Por mais que seja algo básico para a operação da Cyber, sua execução não é simples, exigindo participação constante do setor e de departamentos essenciais da companhia.
“O primeiro passo dessa estratégia é observar o que a empresa possui de soluções de TI e Segurança, considerando o quê e como está sendo utilizado, para depois fazer um cruzamento entre esses recursos e, assim, identificar sobreposições que podem ser desativadas. Isso nos permite investir tempo e recursos no que é efetivo na estrutura”, ressalta Fiel.
Já o Vice-presidente da Cloudflare para América Latina, Carlos Torales, afirma que construir simplificação da estrutura pode ser o diferencial necessário das organizações para, inclusive, responder a eventuais ameaças com mais eficiência, exigindo menos esforço humano. Nesse ínterim, a redução dos custos operacionais fica visível.
“Os CISOs do Brasil enfrentam ataques mais sofisticados, gap de talentos e demandas por mais modernização das redes, mas isso não é convertido, necessariamente, em orçamentos mais robustos. Por isso, é essencial revisitar as estruturas atuais de Segurança e entender como elas podem se tornar mais eficientes e menos custosas. A plataformização das ferramentas pode ser um caminho para isso”, acrescenta Torales.
O tema será tópico principal no Painel de Debates “Higienização da Segurança: o que fica, o que sai?”, marcado para às 17h20 de 22 de outubro, primeiro dia da programação do Congresso Security Leaders Nacional. Além do CISO da Porto Seguro, estão confirmados para fazerem parte dessa discussão a Gerente de SI do Grupo Cimed, Juliana Pivari; e o Diretor de Contas Enterprise da Cloudflare, Luís Dalmaso.
O Security Leaders Nacional é a última parada do roadmap de eventos do Security Leaders, que cruzou nove capitais do Brasil, levando discussões de alto nível e ampliando os espaços de networking entre os líderes e profissionais de Cibersegurança de norte a sul do país. O maior e mais qualificado evento de Segurança da Informação do Brasil ocorrerá nos próximos dias 22 e 23 de outubro, no Piso C do WTC. As inscrições estão abertas por este link e são gratuitos para empresas usuárias de tecnologia.