O que muda na segurança com a entrada dos bancos digitais e as fintechs no sistema financeiro? Este foi o desafio trazido por Jorge Krug, diretor de Tecnologia da Informação do Banrisul, na abertura da 3ª edição do Security Leaders Porto Alegre. Na visão do executivo, é claro que estes novos modelos de negócios trazem inúmeros benefícios aos seus usuários, porém, são grandes as chances de apresentarem vulnerabilidades a ataques de cibercriminosos.
“Segundo um estudo da KPMG, havia 560 ofertas de financiamento de risco em 2013, 710 em 2014 e 807 em 2015. Com essa quantidade enorme de operações, são grandes as probabilidades de encontrarmos vulnerabilidades de segurança”, explica.
Krug pontuou algumas razões que o levam a acreditar nisso. A falta de regulamentação é uma delas, já que as fintechs não estão sendo acompanhadas de tão perto pelo Banco Central como os bancos tradicionais. Outro ponto é o aumento das interfaces entre os provedores, já que algumas dessas soluções podem ser incompatíveis com os sistemas legados tradicionais.
Além deste tema, o especialista finalizou que o Blockchain, apontado como a grande tendência em segurança no setor, irá, de fato, crescer, mas o seu desenvolvimento vai exigir a devida atenção à segurança cibernética no contexto dos sistemas descentralizados. “A própria Febraban já criou uma subcomissão para trabalhar no desenho desta tecnologia no sistema financeiro brasileiro”, completa Krug.