FEBRABAN TECH: Resiliência Cibernética no setor financeiro

Em painel promovido durante o evento, executivos destacam os avanços tecnológicos dos meios de pagamento no Brasil e o desafio em equilibrar a proteção com a experiência do usuário

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O setor financeiro é um dos pioneiros em termos de tecnologia, segurança, proteção e inovação e os benefícios impactam toda a sociedade. Por outro lado, os cibercriminosos se aproveitam desse cenário para disseminar golpes e fraudes. Os usuários que são mais desatentos acabam virando vítimas dessas ações, principalmente, em meios digitais.

 

Para Adriano Volpini, Diretor de Segurança do Itáu Unibanco e da Comissão Executiva de Prevenção de Fraudes da Febraban, esse avanço tecnológico é muito positivo aos clientes, pois ganham canais digitais e funcionalidades mais acessíveis para as transações. Na visão do executivo, é preciso conscientizar toda a sociedade para que esses benefícios sejam superiores aos golpes.

 

“Os bancos têm um investimento massivo em Segurança, não apenas na parte tecnologia, mas também apoiando os clientes no entendimento e desenvolvimento da consciência em como operar seus canais digitais. Só no ano passado, as instituições financeiras investiram algo como R$ 30,2 bilhões em tecnologia e desse montante, aproximadamente 10% foram aplicados em segurança com tecnologia de ponta”, explica Volpini durante painel promovido nesta terça-feira (09) no FEBRABAN TECH 2022, em São Paulo. O executivo enxerga a biometria facial como um forte fator de autenticação e grande tendência para proteger as transações financeiras.

 

Na visão de André Fleury, Diretor-executivo de Cibersegurança da Accenture, existem dois pontos quando o assunto é inovação tecnológica versus Segurança. “De um lado, temos a criatividade do crime organizado com golpes financeiros novos que não são apenas cibernéticos, mas híbridos. Eles misturam a Segurança pública com o acesso à conta corrente e as formas de pagamento utilizadas pela pessoa física”, explica Fleury.

 

Para ele, o segundo aspecto envolve a pressão do próprio mercado corporativo, que pede mais conforto e melhor usabilidade. “Além disso, os investimentos do setor financeiro têm sido direcionados para essa área a fim de garantir transações cada vez menos problemáticas para o cliente e também com mais segurança”, destaca executivo.

 

De fato, os cibercriminosos estão utilizando métodos cada vez mais sofisticados. Na opinião de Nuno Sebastião, presidente e CEO da Feedzai, o crime cibernético utiliza engenharia social como isca. Outro aspecto muito utilizado é o próprio Pix que, apesar de ser considerado algo muito bem idealizado pelo Banco Central, ainda é muito visado para prática desses golpes.

 

André Ferraz, fundador e CEO da Incognia, explica que a funcionalidade de pagamento instantâneo é um grande case, mas existem outros desafios a serem trabalhados, inclusive para equilibrar experiência do usuário e segurança. “Até mesmo em grandes nações como os Estados Unidos não têm tanta capilaridade nesse tipo de transação. É muito bom ver uma tecnologia feita no Brasil impactar positivamente toda uma sociedade como é o Pix”, finaliza Ferraz.

 

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