“Extorsão de dados cresceu mais de 50% no último ano”

Entre os principais desafios destacados por Daniela Terra, delegada titular da Delegacia de Repressão aos Crimes de Informática (DRCI), no Rio de Janeiro, está a dificuldade em obter dados de empresas como WhatsApp e Facebook

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Criada no ano de 2.000, no Rio de Janeiro, a Delegacia de Repressão aos Crimes de Informática (DRCI) é um dos órgãos de investigação cibernética mais importantes do País. A entidade conta com dois delegados atualmente e tem uma equipe especializada em solucionar crimes digitais, como pedofilia, fraudes diversas, injúrias e extorsões. Em relação ao último, Daniela Terra, delegada titular da DRCI, afirma que os casos cresceram 50% e a maior dificuldade é conseguir dados de empresas como WhatsApp e Facebook.

 

“Algumas companhias simplesmente ignoram a legislação”, disse Daniela durante a abertura do Security Leaders Rio de Janeiro. Mesmo com multas pesadas ou suspensão de serviços, a delegada revela que eles não se sentem intimidados. “Eles apenas fornecem mediante autorização da Justiça, mas isso demanda tempo, prejudicando o processo investigativo”, disse. No entanto, ela afirma que tais companhias estão mais solícitas em alguns casos específicos, como suspeitas de crimes de pedofilia.

Daniela Terra, delegada titular da DRCI

Daniela afirma que o caso de extorsão cresceu exponencialmente no último ano, cerca de 50%. Embora seja alto o número de vítimas, é elevada a quantidade de companhias prejudicadas, especialmente pequenas e médias empresas. “Nem todas as empresas conseguem acompanhar a evolução do cibercrime e investir em soluções mais apropriadas”, disse.

 

A recomendação para os casos de sequestro de dados e extorsão é procurar a Delegacia imediatamente para o início da investigação. “Não se deve pagar o criminoso, pois há chances dele voltar a extorqui-lo novamente”, alerta.

 

Para coibir o aumento dos delitos virtuais, Daniela ressalta a necessidade de uma força-tarefa entre instituições, como a recente parceria entre Polícia Civil e Ministério Público Federal da Bahia, que tem conseguido obter dados dos usuários do Facebook com mais facilidade quando solicitado.

 

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