Desde que a Lei Geral de Proteção de Dados (LGPD) entrou em vigor, em setembro do ano passado, as empresas têm direcionado seus esforços para segurança e adequações à nova regra. Em paralelo, outra tendência ganhou ainda mais força na pandemia: a migração para a nuvem. Os ganhos em eficiência, redução de custos, otimização de processos, monitoramento e escalabilidade característicos do ambiente cloud se tornaram mais presente diante da realidade imposta pela Covid-19. Entretanto, aproveitar ao máximo todos esses benefícios envolve também enfrentar adaptações e regularizações importantes.
O levantamento anual IT Snapshot, realizado com 120 executivos da área de tecnologia da informação, promovido pela Logicalis, revelou que, para 2021, os três principais focos de TI dos executivos são segurança da informação (53%), atendimento à LGPD (51%) e Big Data (37%), respectivamente. Sendo o atendimento e adequação à Lei Geral de Proteção de Dados e retomada de negócio em um cenário pós-pandemia elencadas como prioridades de negócio por 39% e 17% dos respondentes.
Ao contrário do que muitos pensam, para os ambientes em cloud esse processo de adequação pode ser ainda mais simples do que parece. A própria nuvem já disponibiliza uma série de ferramentas práticas para garantir as demandas de segurança que a lei impõe e fácil acesso às tecnologias e aos recursos necessários para implementar a LGPD, por isso tende a ser mais ágil, eficiente e econômica. Por outro lado, em ambientes on-premises, por não haver todas as ferramentas necessárias disponíveis, a empresa precisa investir na aquisição delas, gerando mais custos e complexidade.
O estudo também revelou que atualmente apenas 11% das companhias se dizem totalmente aderentes à lei, enquanto que quase metade das empresas (47%) ainda não possuem ações em andamento para se adequarem. Destas, 35% estão em fase de conhecimento conceitual e 12% no estágio de conhecimento básico.
Quando questionados, os principais desafios para a jornada de adequação à LGPD apontados pelos entrevistados incluíram a adequação dos processos e sistemas para atender às novas regras como maior dificuldade de execução (24%), mapeamento de processo e dados (14%) e engajamento dos colaboradores (13%) aparecem na sequência.