Como foi estruturada a arquitetura de Segurança do Banco Original?

Segundo Carlos Augusto de Oliveira, diretor de Operações da instituição, segurança permeou da prospecção de novos clientes à elaboração de serviços customizados; ausência de sistemas legados contribuiu para criar ambiente mais ágil e seguro

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Como ser inovador em um mercado tão tradicional? Esse foi apenas um dos inúmeros desafios do Banco Original para dar início às suas operações no Brasil. Como se não bastasse as questões regulamentárias, um capítulo à parte que exigiu novas medidas do Banco Central, a instituição deveria superar grandes obstáculos a fim de se tornar um dos primeiros bancos 100% digital no País, entre eles, atuar em um cenário tão ameaçado e visado por cibercriminosos.

 

Para isso, Carlos Augusto de Oliveira, diretor de Operações da instituição, disse que foi preciso reescrever todos os processos, até então, tradicionais. “Um banco digital precisa ser primeiramente omnichannel, ou seja, a mesma informação precisa estar disponível em todos os canais”, afirma. Um dos quesitos que colaborou para essa prática foi justamente a falta de um sistema legado, possibilitando a criação de uma arquitetura propícia à inovação, além de mais ágil e segura.

 

A Segurança da Informação permeou toda a infraestrutura do Banco desde a sua concepção, seja para verificar a adesão de novos clientes, garantir a integridade das transações e até mesmo para criar atendimentos personalizados. Em todas essas etapas, Oliveira contou muito com recursos oferecidos pelos próprios aparelhos móveis. “Nascemos para ser uma empresa mobile first e caminhamos para sermos mobile only”, reforça.

 

Segundo o diretor de Operações, os atuais dispositivos móveis têm uma série de elementos capaz de contribuir para a verificação da identidade de novos clientes. Ferramentas biométricas, geolocalização e informações disponíveis nas mídias sociais oferecem uma grande quantidade de dados suficiente para validar a veracidade do conteúdo apresentado pelo usuário.

 

Para garantir a segurança de uma transação, o executivo relata o uso de tecnologias de behavior a analytics. “Não dá para ser um processo tradicional, tem que haver critérios adicionais de inteligência”, diz. Segundo Oliveira, há mecanismos disponíveis suficientes para analisar o histórico do cliente, além de proteger a operação por via de token, biometria e, até mesmo, de selfie.

 

Já para personalizar atendimento, o executivo afirma que conta com iniciativas de Inteligência Artificial e Machine Learning. Além disso, o Oliveira destaca que as APIs são abertas para que eles tenham liberdade de trabalhar conforme os interesses do cliente.

 

Menos burocracia, mais agilidade

 

Uma das principais vantagens de ser um banco digital, segundo Oliveira, é a velocidade com que consegue atender às necessidades dos usuários. “Ser um banco digital exige cuidados, mas é mais eficiente e seguro, porque consigo responder com mais imediatismo quando mapeamos alguma vulnerabilidade”, explica.

 

Em relação à privacidade, o executivo afirma que as questões não diferem em nada dos bancos tradicionais e ressalta que todas as informações utilizadas são públicas ou disponibilizadas pelos usuários.

 

O banco também conta com um time multidisciplinar. “Muitos dos profissionais que trabalham no Original são bancários experientes e jovens de fintechs e ou do comércio eletrônico. Uma parte teve passagem em outros bancos, outra nunca teve contato com o segmento financeiro. Esse é o mix que dá certo, uma mistura composta por ousadia, quebra de paradigma e inovação”, conclui.

 

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