Como fazer compras seguras pelo celular

Cuidados são os mesmos de quem usa computador, como instalar antivírus, atentar-se para promoções falsas, conferir integridade de sites e procurar referências

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Há alguns anos, os dispositivos móveis, como smartphones e tablets, vêm ocupando o espaço dos computadores na vida das pessoas. A facilidade de resolver tudo remotamente, ver e-mail, se comunicar por meio de mensagens instantâneas, realizar transações bancárias, entre outros, fez com que o Brasil alcançasse a marca de 256 milhões de celulares em abril deste ano, segundo a Teleco, o que representa mais de 1 celular por habitante.

Mas se tem uma coisa que ainda deixa as pessoas receosas é fazer compras via mobile. Um equívoco básico é acreditarem que é mais seguro utilizar o computador para acessar sites de e-commerce do que fazer isso pelo celular.

Marco DeMello, CEO da PSafe, acredita que boa parte desse receio vem do fato de que o uso mobile no Brasil ainda é muito recente. “A democratização da internet se deu por meio do celular. Com isso, muitas pessoas vieram ter o primeiro contato com o mundo virtual por meio do celular e ainda há um certo desconhecimento do que é seguro ou não. As regras que valiam para a web valem também para o mundo mobile, ou seja, celulares e tablets são seguros para realizar qualquer transação desde que o usuário tenha um antivírus instalado no seu celular”, afirma Marco.

Recente estudo da Euromonitor, em parceria com a PayPal, mostrou que a participação mobile no e-commerce vem crescendo mundialmente e que em 2020 o mercado mobile deverá ser responsável por 10% do e-commerce. “Isso significa que ainda há um amplo espaço para esse crescimento desse segmento e é preciso desmitificar o uso do celular para compras. As pessoas passam muito mais tempo com seus celulares do que em computadores. É preciso mostrar que elas podem confiar nos dispositivos móveis para realizar transações com segurança”, completa Marco.

Mas o que fazer, então, para não se preocupar na hora de fazer compras pelo celular? A empresa PSafe afirma que os cuidados são basicamente os mesmos de quem usa o computador.

• Defenda-se com um cérebro eletrônico

A ideia é simples: um cérebro biológico não tem capacidade para se defender de ataques de um cérebro eletrônico. Por mais que você pense ter conhecimento e esteja atento, os ataques são muitos e estão cada vez mais sofisticados. Portanto, proteja-se: instale um antivírus no seu celular.

• Como saber se o site de compras é confiável?

Uma das principais preocupações de quem compra online é saber se o site é confiável. Em primeiro lugar é muito importante procurar referências de quem já comprou no site: amigos, parentes, conferir os sites não recomendados pelo Procon e checar as análises em sites de críticas, como o Reclame Aqui.

Outra boa maneira de se certificar que a compra é segura é utilizando os aplicativos dos sites, registrados nas lojas oficiais de apps (Google Play, App Store, etc). Vale, também, tomar cuidado com páginas falsas, muito comuns em épocas de importantes datas para o varejo, com Black Friday, Natal, etc. Desconfie das promoções muito vantajosas que chegam por e-mail ou SMS.

Com um antivírus instalado no seu celular, ele poderá sinalizar quando a página acessada não for verdadeira.

• É mais seguro pagar em boleto que no cartão de crédito?

Não necessariamente. O fato do site gerar um boleto para pagamento não significa que ele é confiável. Pessoas físicas também geram boletos e, em muitos casos, podem usar essa “ingenuidade” do usuário para passar uma falsa sensação de segurança. A diferença é que, ao usar o cartão de crédito, se o site não for confiável, ele pode utilizar seus dados para fazer outras compras. Independente do meio de pagamento, a credibilidade do site ou do app são muito importantes para evitar que o cliente seja lesado.

• Os dados do comprador ficarão seguros no site?

É fundamental que o consumidor leia e esteja de acordo com a política de privacidade do site para realizar uma compra com segurança. Também é importante verificar se o endereço do site inicia com “https”, pois a sigla garante a proteção da privacidade e integridade dos dados trocados. Além disso, evitar transações em computadores públicos diminui a chance de roubo de dados.

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