Segundo levantamento, significa que a cada 9 segundos um brasileiro é vítima dos fraudadores. Em comparação ao mesmo mês do ano passado, houve queda de 24,2%, quando foram registradas 375.064 tentativas
Segundo o Indicador de Tentativas de Fraude da Serasa Experian, os brasileiros sofreram 284.198 mil tentativas de fraude de identidade em janeiro de 2023, o que significa que a cada 9 segundos um brasileiro é vítima dos fraudadores. Em comparação ao mesmo mês do ano passado, houve queda de 24,2%, quando foram registradas 375.064 tentativas.
“Apesar da queda em relação ao ano anterior, o número é significativo. É fundamental que o consumidor tenha muita atenção com seus dados pessoais e as empresas devem investir em soluções de autenticação e prevenção à fraude, além de conscientizar seus clientes divulgando informações e orientações seguras”, diz o diretor de Produtos de Autenticação e Prevenção à Fraude da Serasa Experian, Caio Rocha.
Veja no gráfico abaixo a os dados na íntegra:
Pessoas de 36 a 50 anos foram as mais atingidas
Na visão por idade, a população com idade entre 36 e 50 anos foi a que mais sofreu com tentativas de fraudes por identidade em janeiro de 2023, com 103.984. Em segundo lugar, estão os consumidores de 26 a 35 anos, que sofreram 78.099 tentativas. O ranking segue com pessoas entre 51 e 60 anos (40.335 mil tentativas), aqueles de até 25 anos (31 mil tentativas) e consumidores acima de 60 anos (30.780 mil tentativas).
No recorte por setores, as tentativas de fraude em janeiro de 2023 relacionadas ao segmento de Bancos e Cartões lideraram com mais de 133.970. Em segundo lugar, ficou o setor de Serviços com 78.219, seguido pelas Financeiras com 55.703. Varejo apareceu em quarto lugar, com 12.577 pessoas que foram alvo. Telefonia ficou em último lugar, com 3.729.
No ranking estadual, São Paulo liderou com 87.564 tentativas no mês de janeiro. O Rio de Janeiro ficou em segundo, com 28.694, e, terceiro, Minas Gerais, com 25.860. O estado com o menor índice foi Roraima, com 489.
Veja na tabela abaixo as informações completas:
“É indispensável que as empresas invistam cada vez mais em soluções de autenticação e prevenção à fraude para combater a ação dos golpistas, evitando assim muitos prejuízos. A população brasileira também precisa desempenhar um papel de total atenção com seus dados pessoais, desconfiar de ofertas milagrosas, não clicar em links de sites desconhecidos para não facilitar a vida dos criminosos”, reforça o executivo.
Evite fraudes: veja dicas dos especialistas da Serasa Experian para se proteger
Consumidores:
• Garanta que seu documento, celular e cartões estejam seguros e com senhas fortes para acesso aos aplicativos;
• Desconfie de ofertas de produtos e serviços, como viagens, com preços muito abaixo do mercado. Nesses momentos, é comum que os cibercriminosos usem nomes de lojas conhecidas para tentar invadir o seu computador. Eles se valem de e-mails, SMS e réplicas de sites para tentar pegar informações e dados de cartão de crédito, senhas e informações pessoais do comprador;
• Atenção com links e arquivos compartilhados em grupos de mensagens de redes sociais. Eles podem ser maliciosos e direcionar para páginas não seguras, que contaminam os dispositivos com vírus para funcionarem sem que o usuário perceba;
• Cadastre suas chaves Pix apenas nos canais oficiais dos bancos, como aplicativo bancário, Internet Banking ou agências;
• Não forneça senhas ou códigos de acesso fora do site do banco ou do aplicativo;
• Não faça transferências para amigos ou parentes sem confirmar por ligação ou pessoalmente que realmente se trata da pessoa em questão, pois o contato da pessoa pode ter sido clonado ou falsificado;
• Inclua suas informações pessoais e dados de cartão se tiver certeza de que se trata de um ambiente seguro;
• Monitore o seu CPF com frequência para garantir que não foi vítima de qualquer fraude do Pix.
Empresas:
• Com a aceleração da adoção de canais digitais na vida dos consumidores, as empresas estão cada vez mais investindo em novos métodos de detecção de fraudes e tecnologias cada vez mais sofisticadas ao longo da jornada do cliente, para que a segurança da operação não afete sua experiência integrada. A Serasa Experian, por exemplo, tem soluções modulares inteligentes e um time de especialistas em autenticação e prevenção à fraude que possibilitam oferecer uma experiência segura e sem atrito ao cliente final. Com combinação de dados, analytics e soluções automatizadas, as empresas podem expandir os negócios com segurança;
• Conte com plataformas de pagamento online. A empresa que deseja atuar de forma online, prestando serviços ou vendendo produtos, precisa ter a máxima atenção com os pagamentos. É preciso adotar uma sistemática que alie rapidez no processamento das transações à segurança;
• Faça a análise de compras mais caras. Outra prática que pode reduzir bastante o risco de fraude online é a análise das compras. Sempre que a empresa se deparar com um pedido de alto valor, por exemplo, é necessário dedicar uma atenção especial, verificando de forma mais detalhada o cliente e os dados informados. Uma forma de garantir a segurança desse tipo de transação é realizando um contato prévio por e-mail ou telefone para confirmar dados ou a própria compra. Embora esse tipo de avaliação possa tornar o processo de venda mais longo, ele é essencial para resguardar o seu negócio contra fraudes;
• Verifique cadastros. Contar com uma base de dados do cliente é essencial para reforçar a segurança de operações online. Nesse quesito, ter acesso a um cadastro atualizado dos consumidores, no qual é possível checar a veracidade das informações fornecidas no momento de uma compra, por exemplo, é outra estratégia para reduzir os riscos na hora de vender. A confirmação cadastral pode facilmente identificar tentativas de fraudes, sinalizando situações suspeitas, como divergências de dados do cliente com as que constam de outras bases de dados confiáveis;
• Consulte o perfil do seu cliente. Conhecer o cliente é, sem dúvida, uma das maneiras mais eficientes de se evitar fraudes online. Quando a empresa é capaz de avaliar o histórico do consumidor no mercado, status do seu CPF ou CNPJ, os seus hábitos e a existência de pendências em seu nome, por exemplo. Fica muito mais fácil e seguro avaliar os riscos de uma operação.