81% dos brasileiros que conhecem a LGPD confiam na proteção dos dados

A Pesquisa de Privacidade do Consumidor da Cisco de 2024 (Cisco Consumer Privacy Survey) revela que a maioria dos consumidores (53%) está ciente das leis de privacidade e que as pessoas informadas se sentem significativamente mais confiantes em proteger seus dados (81% contra 44%)

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A Cisco divulgou sua Pesquisa de Privacidade do Consumidor de 2024 (Cisco Consumer Privacy Survey), uma análise global anual sobre a percepção e o comportamento dos consumidores em relação à privacidade de dados. A pesquisa deste ano destaca o papel fundamental da conscientização sobre os direitos de privacidade em promover a confiança e a segurança dos consumidores em tecnologias emergentes como a Inteligência Artificial (IA).

 

Conscientização sobre LGPD

A conscientização dos consumidores está crescendo. Este ano, 53% afirmam estar cientes de suas leis nacionais de privacidade, um aumento de 17 pontos percentuais em relação a 2019. No Brasil, apenas 44% declararam estar cientes da LGPD. Os consumidores informados também são muito mais propensos a sentir que seus dados estão protegidos – 81% no Brasil e no mundo – em comparação com aqueles que não têm esse conhecimento (44%).

 

“Nossa pesquisa destaca a importância da conscientização sobre privacidade na construção da confiança do consumidor nas marcas e em tecnologias de IA”, diz Harvey Jang, Vice-Presidente e Chief Privacy Officer da Cisco. “Quase 60% dos consumidores cientes das leis de privacidade se sentem confortáveis usando IA. Ampliar o conhecimento e educar os consumidores sobre seus direitos de privacidade os capacitará a tomar decisões informadas e promoverá uma maior confiança em tecnologias emergentes.” finaliza Jang.

 

As oportunidades e desafios da IA Generativa

A pesquisa revela que 63% acreditam que a IA pode ser útil para melhorar suas vidas. O uso de IA Generativa (GenAI) quase dobrou, com 23% dos entrevistados utilizando-a regularmente no mundo, contra 12% no ano passado. No Brasil, o uso regular é de 21%, próximo à média mundial que é de 23%. Em contrapartida, 44% dos consumidores pesquisados ainda não têm conhecimento sobre a GenAI. No Brasil, são 57%. Embora os usuários afirmem estar obtendo um valor significativo da GenAI para apoiar o trabalho de criação de conteúdo, eles estão preocupados com a segurança, seu possível uso indevido e seus riscos sociais.

 

“A crescente influência da IA em nossas vidas diárias destaca a necessidade de seu uso responsável e seguro”, diz Dev Stahlkopf, Chief Legal Officer e Vice-Presidente Executivo da Cisco. “78% dos consumidores pesquisados acreditam que é responsabilidade das empresas utilizar a IA de forma ética, o que ressalta a relação vital entre IA responsável e confiança do consumidor.” destaca Stahlkopf.

 

Focando na privacidade, 30% dos usuários de GenAI no mundo afirmam que inserem informações pessoais ou confidenciais, incluindo dados financeiros e de saúde, em ferramentas de GenAI. Isso acontece apesar de 84% estarem preocupados com o fato de esses dados se tornarem públicos.

 

Jovens adultos protegem mais que idosos

A privacidade e a proteção de dados evoluíram de um tema relativamente obscuro para uma exigência dos consumidores, com mais de 75% afirmando que não comprariam de uma organização em que não confiam com seus dados. Isso se traduz em ações concretas, à medida que mais consumidores se tornam “Ativos em Privacidade”, especialmente os mais jovens.

 

Para proteger sua privacidade, 49% dos consumidores entre 25 e 34 anos mudaram de empresa ou fornecedor devido às políticas de dados ou práticas de compartilhamento de dados, em comparação com apenas 18% dos idosos com 75 anos ou mais.

 

A pesquisa revelou que os consumidores entre 25 e 34 anos são os mais cientes de seus direitos de privacidade (64% contra 33% dos idosos com 65 anos ou mais). Além disso, houve um aumento significativo (36% contra 28% no ano passado) na forma como os consumidores exercem seu direito de acessar, corrigir, excluir ou transferir seus dados pessoais por meio de Solicitações de Acesso do Titular de Dados (DSARs). Novamente, os consumidores mais jovens lideram, com 46% deles tomando essas ações, em comparação com apenas 16% dos idosos com 65 anos ou mais.

 

Além disso, os consumidores estão utilizando ferramentas de segurança para proteger seus dados. Nos 12 meses anteriores à pesquisa, 67% revisaram ou atualizaram suas configurações de privacidade em aplicativos, ou plataformas. 68% afirmam usar autenticação multi-fator (MFA) e 61% utilizam um gerenciador de senhas para proteger e controlar suas senhas.

 

“Os dados são um ativo que todos nós devemos proteger ativamente” diz Anthony Grieco, Vice-Presidente Sênior e Chief Security & Trust Officer da Cisco. “Desde o uso da autenticação multi-fator até a garantia de que os usuários saibam de forma clara e fácil quem pode acessar as informações que são compartilhadas, notamos que os entrevistados já estão tomando medidas para proteger suas informações pessoais.” comenta Grieco.

 

Consumidores apoiam proteções robustas

A maioria (70%) dos consumidores pesquisados acredita que as leis de privacidade têm um impacto positivo, com apenas 5% percebendo um impacto negativo. No Brasil, 74% acreditam no impacto positivo da LGPD (Fig.6). Os respondentes são favoráveis também, cada vez mais, às proteções de privacidade, com 77% apoiando regras para garantir proteções básicas de privacidade entre países e regiões. Nos EUA, 81% dos entrevistados são a favor de uma lei federal de privacidade. No Brasil, esse dado é de 68%.

 

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