Varejista britânica reduz falhas garantindo agilidade e recorde de faturamento

Nos últimos quatro meses de 2017, a ASOS cresceu 23% com uma receita superior a 300 milhões de libras esterlinas e ficou conhecida como um dos principais casos de sucesso no ano passado. A tecnologia ADC foi fundamental para balancear o tráfego quando a marca superou os 160 milhões de acessos no site em um único dia

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Criada em 2.000, a britânica ASOS foi a varejista que mais se destacou no comércio eletrônico no final do ano passado. Apenas durante a Black Friday, foram 167 milhões de visitantes no e-commerce e nenhum imprevisto com a rede. O resultado não poderia ter sido diferente: a empresa registrou um crescimento de 23% com um faturamento superior aos 300 milhões de libras esterlinas nos últimos quatro meses do último ano, o que resultou como a principal história global de sucesso no Natal em 2017. O uso de soluções de ADC (Application Delivery Controller) da KEMP Technologies, dentro da nuvem pública AZURE da Microsoft, teve um papel significativo nesse momento da companhia.

 

Em um negócio baseado em tecnologia como o da ASOS (a marca não possui loja física), qualquer indisponibilidade pode custar caro e, dependendo da frequência ou período, resultaria na não sobrevivência da marca. “As pessoas conhecem a ASOS pela internet. Queremos estar presentes para os consumidores 24 horas por dia, sete dias por semana todos os dias do ano”, enfatiza Clifford Cohen, CIO da ASOS.

 

Com mais de 12 milhões de clientes regulares, a marca atende o público jovem entre 20 e 29 anos de idade, uma geração de consumidores que não hesita em trocar de loja caso enfrente qualquer imprevisto durante sua experiência de compra. “Se um data center ficar “off-line”, temos que ter a possibilidade de balancear o tráfego, seja por questões de performance ou quando uma região fica indisponível”, explica Leslie Lintott, Senior Platform Engineer da ASOS.

 

A solução encontrada foi a implementação do “KEMP Virtual Load Master”, através do marketplace da AZURE, permitindo balancear o tráfego de dados entre diferentes regiões geográficas.  Os serviços de balanceamento local e geográfico puderam ser provisionados diretamente na AZURE, além disso o Virtual Load Master possui uma REST API para configurações customizadas. “O benefício é que podemos rodar essa instalação em minutos, com ferramentas suportadas pela Microsoft. Isso economiza muito tempo”, destaca Lintott. O executivo acrescentou que em um data center físico comum, ele teria que comprar um balanceador de carga, pagaria por ele e licenciaria anualmente. Com o modelo da Kemp ele paga somente o tráfego utilizado.

 

Custo-benefício

 

Segundo Micheal Higgins, Technical Product Manager da KEMP Technologies, a parceria entre a Kemp e a Microsoft permite à solução funcionar com eficiência na Azure. “Isso se torna muito importante para empresas que estão migrando para a nuvem”, explica. Além desse ser um momento vivido pela grande maioria das organizações atualmente, Naresh Singh, diretor de Pesquisas do Gartner, destaca outros fatores que justificam o porquê do mercado de ADC ser tão próspero. “Novas arquiteturas de aplicativos como computação sem servidor, PaaS e Microservices e plataformas de implantação, como os contêineres, são cada vez mais adotadas pelas companhias. Tudo isso exige investimentos no balanceamento de carga do servidor entre outras funcionalidades do ADC”, explica.

 

Além de contar com os benefícios mencionados, o ADC pode ser um recurso adicional valioso na estratégia de Segurança de uma empresa. “Com a proliferação de plataformas de e-commerce B2B e B2C bem como ferramentas de marketing digital e CRM, acessadas de dentro e fora do firewall corporativo, esses aplicativos podem estar expostos a vários ataques mal-intencionados incluindo vírus e DoS (Denial of Service)”, avalia Mariana Fernandez, da Frost & Sullivan´s Digital Transformation Team. Segundo Mariana, os ADCs ajudam a atenuar os riscos cibernéticos já que eles se situam entre a internet externa e a rede interna direcionando o tráfego malicioso para uma área de quarentena.

 

A fórmula aplicada pela ASOS para fazer frente às principais varejistas de moda do mundo parece dar certo, tanto que a empresa está expandindo suas operações em diversos países, incluindo os Estados Unidos, onde acaba de adquirir um Centro de Distribuição com capacidade de armazenar mais de dez milhões de peças. A estratégia da empresa foi referenciada pela analista da Global Data, Sofie Willmott, ao renomado The Guardian. “Sua agilidade e vontade de se adaptar às mudanças nos hábitos de compras, juntamente com a confiança em investir em novas iniciativas, contribuem de forma decisiva para o sucesso contínuo da companhia”, disse.

 

Crescimento operacional significa mais fluxo de dados e um aumento considerável nos riscos como um todo. Porém, disponibilidade, segurança e agilidade parecem ser fatores que não atingem os grandes líderes da varejista. “Nós temos uma baixa preocupação em relação a falhas porque estamos confiantes de que podemos rodar em outro lugar e com a mesma frequência caso seja necessário”, finaliza Lintott.

 

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