Há uma ameaça crescente que preocupa quem atua com transporte de cargas no estado. Segundo o Relatório de Inteligência de Ameaças da NetScout, divulgado ano passado, o Brasil é a segunda nação do mundo que mais sofre com ataques cibernéticos, ficando atrás apenas dos Estados Unidos e, em 2023, este tipo de crime cresceu 8,86% no país. Ainda de acordo com o estudo, o transporte de cargas é a segunda maior vítima desse delito e, apenas no primeiro semestre de 2024, registrou 25.620 ocorrências.
Diante deste cenário, com o objetivo de conscientização de seus associados, o Sindicato das Empresas de Transporte de Cargas no Estado do Paraná (SETCEPAR) promove ações entre seus associados divulgando materiais sobre cibersegurança e conteúdos relacionados ao assunto. Como explica o presidente da entidade, Silvio Kasnodzei, a alta taxa de ocorrências no setor é um indicativo de que se precisa investir em estratégias eficientes para garantir segurança ao transporte.
Para Kasnodzei, os prejuízos provocados por estas ações podem afetar a reputação da empresa e impactá-la financeiramente, por isso, os criminosos usam estes dados para tentar extorquir as transportadoras. “Ataques cibernéticos podem resultar na interrupção das operações essenciais das transportadoras, causando perda de produtividade e atrasos nas entregas. Informações roubadas podem ser usadas para criar identidades falsas, facilitando fraudes como o desvio de cargas.”
Para combater esta infração, o Brasil é um dos países que mais investem em Cibersegurança na América Latina, com mais de US$3,3 bilhões aplicados em 2024 e com previsão de US$5,46 bilhões até 2029. Desta forma, o SETCEPAR busca ajudar as empresas incentivando a realização de treinamentos frequentes para funcionários sobre segurança digital e a importância de práticas seguras, como senhas fortes e autenticação de dois fatores.
“É preciso investir mais em tecnologia de segurança cibernética como firewalls e softwares de proteção. Isto não é só papel do setor público ou privado, por isso, é importante fortalecer as parcerias entre ambos, além de promover a colaboração com o judiciário para uma resposta mais eficaz contra crimes cibernéticos”, conclui o presidente.