Threat Intel: A IA pode ser propulsora desse recurso no Brasil?

Hoje, empresas precisam de um batalhão de analistas para lidar com cerca de 45 mil eventos de segurança por mês, em alguns setores, passando dos 200 mil

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Por Thiago Marques*

 

A questão da quantidade de dados armazenados pelas redes sociais é um tema controverso e relevante. A variedade de informações coletadas por essas plataformas é extensa, abrangendo desde dados básicos, como nome, idade e endereço de e-mail, até informações geradas pelo próprio usuário, como publicações, fotos e vídeos.

 

Além disso, as redes sociais coletam dados de interação, localização e informações do dispositivo utilizado, como sistema operacional e versão do navegador. Esse amplo espectro de dados é frequentemente justificado pelas empresas como necessário para personalizar a experiência do usuário, melhorar os serviços e aumentar a eficiência da publicidade.

 

De acordo com o relatório da Unit 42, unidade de pesquisa da Palo Alto Networks, somente em 2023, o Brasil enfrentou 61 ataques cibernéticos de diferentes formas, abrangendo desde incidentes de ransomware até campanhas de phishing direcionadas. Esses números revelam uma tendência alarmante, considerando especialmente o aumento de 56.4% entre 2021 e 2023.

 

Estes dados refletem a urgência e a complexidade do cenário atual, onde ataques cibernéticos podem ter consequências devastadoras para empresas e para a sociedade toda. Além disso, a integração da Inteligência Artificial oferece uma camada adicional de suporte às decisões de segurança, permitindo que as empresas transitem de uma postura reativa para uma abordagem proativa.

 

Esses exemplos de ataques poderiam ser detectados preventivamente por uma ferramenta utilizando IA, que é capaz de classificar e contextualizar os dados rapidamente e com precisão. As plataformas vasculham toda a rede (dark web, deep web, surface web, plataformas de mensagens, fóruns, grupos de hackers, etc.), monitoram em tempo real e sinalizam com precisão as menções dessas marcas em ambientes digitais suspeitos.

 

Hoje, empresas precisam de um batalhão de analistas para lidar com cerca de 45 mil eventos de segurança por mês, em alguns setores, passando dos 200 mil. No entanto, todos esses eventos podem ser analisados, classificados e priorizados por uma IA proprietária. Os alertas que chegam são somente aqueles que possuem um possível impacto ao negócio. Isso reduz falsos positivos, economiza tempo de resposta e da força de trabalho.

 

A IA também redefine o futuro da proteção digital. Em um mundo cada vez mais conectado e, consequentemente, mais vulnerável, inovações como essa não são apenas bem-vindas, mas absolutamente necessárias para garantir a segurança de dados e, por extensão, da própria sociedade.

 

*Thiago Marques é Security Business Development Director da Add Value

 

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