A Check Point Software divulgou uma pesquisa sobre a cibersegurança de diversos setores da economia. Segundo o estudo Security Report, em 2024, somente o setor financeiro sofreu 1.510 incidentes por empresa por semana. Isso representa um aumento de 30% em relação aos dados de 2023.
Nos últimos seis meses (setembro 2024 a fevereiro 2025), o setor no Brasil tem sofrido 1.752 ciberataques semanais por organização. E as empresas registraram uma média de 1.673 ciberataques semanais em nível global. O setor financeiro é um dos principais alvos no mundo todo.
O relatório explicou que os cibercriminosos exploram vulnerabilidades em aplicações web para roubar dados sensíveis, interromper operações e comprometer a integridade dos negócios. A digitalização acelerada, a adoção de serviços em nuvem e a crescente dependência de APIs ampliaram a superfície de ataque, tornando as soluções de segurança tradicionais insuficientes.
Além disso, as aplicações financeiras são frequentemente alvo de ataques sofisticados, como injeções SQL, execução de scripts maliciosos em sites legítimos (cross-site scripting – XSS) e uso de listas de credenciais comprometidas para obter acesso não autorizado a contas de usuários (credential stuffing).
A interconectividade com terceiros por meio de APIs também aumenta o risco de acessos não autorizados e vazamento de dados. Isso se soma aos desafios de conformidade regulatória e à crescente ameaça das vulnerabilidades de dia zero, exigindo uma abordagem de segurança mais avançada e inteligente.
Integração de IA estratégica para cibersegurança
O relatório apontou que as organizações financeiras, conhecidas por serem “early adopters” de tecnologias, estão aplicando estratégias de gestão de riscos e aproveitando sua experiência em cibersegurança para integrar a IA de maneira segura. A implementação de arquiteturas de Zero Trust e estruturas de cibersegurança permite uma validação contínua de usuários e dispositivos, evitando acessos não autorizados.
As operações de segurança baseadas em IA estão sendo adotadas para detectar e mitigar ameaças em tempo real, utilizando algoritmos avançados que permitem uma resposta rápida diante de vulnerabilidades.
Dessa maneira, o relatório apontou que as instituições financeiras precisam preservar a inovação sem comprometer a confiança ou a segurança. E devem continuar a adaptar e evoluir sua postura de segurança cibernética, adotando tecnologias de segurança baseadas em IA que garantam a confidencialidade, integridade e disponibilidade dos aplicativos.