Setor financeiro é alvo principal de nova campanha de ransomware, alerta estudo

O malware “KILLSEC” se caracteriza pela abordagem agressiva, e tem o Brasil como um dos principais alvos

Compartilhar:

Um levantamento feito pela ISH Tecnologia revela que empresas do setor financeiro de países como o Brasil são as mais atingidas por uma nova campanha de ransomwares. O grupo é conhecido como “KILLSEC”, e, até o momento, se caracteriza por uma abordagem mais agressiva do que outros grupos: após a infecção, os dados são prontamente criptografados, com prazos para pagamento (exclusivamente em criptomoedas) e recuperação também mais curtos do que o normal.

 

O material revela que o grupo é relativamente novo, surgindo no cenário de ransomwares em 2024. Sua fase de reconhecimento utiliza ferramentas de OSINT (fonte aberta, como redes sociais ou outras fontes disponíveis publicamente na web) para identificar alvos potencialmente vulneráveis, especialmente, ao que indica a análise dos incidentes já confirmados, em setores que lidam com dados financeiros e de saúde.

 

O acesso inicial é realizado por meio de duas técnicas: e-mails maliciosos com links ou anexos suspeitos (os chamados ataques de phishing), e exploração de vulnerabilidades em servidores e aplicações web, principalmente os relacionados a sistemas de gerenciamento de conteúdo e controle remoto de máquinas. A ISH também revela que, uma vez com acesso à rede, o KILLSEC implementa comandos para limpar rastros que dificultam a identificação e permitem o acesso aos atacantes mesmo com o reinício ou correção parcial dos sistemas.

 

Além do Brasil, países como Índia, China e Estados Unidos, e outras regiões na Ásia e Europa, são os principais alvos do grupo. Além do setor financeiro, empresas de tecnologia e ligadas a organizações governamentais encabeçam as mais atingidas, o que sugere uma preferência do grupo por companhias que lidem com infraestruturas críticas.

 

O levantamento da ISH afirma que o KILLSEC representa uma nova geração de ransomware, que foca não “apenas” na criptografia dos dados, como também em exfiltrar e ameaçar a divulgação de informações sensíveis para aumentar a pressão pelo pagamento. Nas mensagens disponibilizadas pelo grupo, ele “recomenda” que as vítimas não tentem recuperar os dados por conta própria, sob risco de destruição permanente das informações roubadas.

 

Prevenção

Pelo fato de ser um grupo relativamente novo, existem poucas informações disponíveis sobre estratégias exclusivas do KILLSEC. No entanto, a ISH lista recomendações básicas para casos de incidente de ransomware:

 

– Realizar backups com frequência, e testar sua integridade;

– Aplicar correções de segurança, e priorizar os patches críticos;

– Segmentar a rede corporativa, e implementar controles de acesso e privilégios;

– Investir em soluções de monitoramento de rede e análise de comportamentos suspeitos e/ou anômalos;

– Configurar filtros de e-mail para bloquear anexos e links suspeitos

– Desenvolver e testar planos de recuperação e continuidade dos negócios, para garantir que a organização consiga operar mesmo durante ou após um ataque.

 

Destaques

Colunas & Blogs

Conteúdos Relacionados

Security Report | Overview

Estudo alerta para fraudes com IA que imitam vídeos, sites e apps de pagamento

A análise de ibersegurança identifica o avanço de golpes que usam IA para criar campanhas falsas, clonar plataformas financeiras e...
Security Report | Overview

“Pixnapping” coloca em risco códigos de autenticação em Androids, aponta análise

Análise aponta que a falha chamada de "pixnapping" permite a captura de informações sensíveis por meio da manipulação do sistema...
Security Report | Overview

Riscos com IA, regulação e soberania de dados serão tendências de Cyber em 2026?

Estudo prevê que 2026 marcará uma ruptura na Cibersegurança, com IA autônoma, computação quântica e novas pressões regulatórias redefinindo riscos,...
Security Report | Overview

Falsos agentes de saúde usam IA para vender medicação pirata, aponta estudo

Pesquisadores apontam o que está por trás da ascensão dos golpes farmacêuticos impulsionados por inteligência artificial