Segurança própria ou terceirizada, eis a questão

Cenário econômico instável, investimentos enxutos, escassez de mão de obra especializada e complexidade de gerenciamento das soluções de proteção estão levando empresas a investir num modelo de segurança baseado em serviços, mas será que vale a pena?

Compartilhar:

Até o final de 2017, o mercado de serviços de segurança baseados em nuvem atingirá um montante de US$ 4,13 bilhões. A previsão é do Gartner e mostra uma tendência que só tende a crescer mundo afora, considerando os atuais desafios de SI proporcionados pela transformação digital, como a evolução e complexidade das ferramentas de proteção, falta de mão de obra especializada e restrição de investimentos.

 

O cloud computing tem desenvolvido um papel fundamental na transformação digital. Para se ter uma ideia, o mercado mundial de serviços de nuvem pública crescerá 18% em relação ao ano passado. Esse aumento se deve principalmente à adesão de mais empresas nesse ambiente, incluindo pequenas e médias, que começaram a transferir alguns serviços para a nuvem. Não é à toa que muitas empresas de cloud começaram a aproveitar a própria infraestrutura  para oferecer serviços de segurança baseados na nuvem, uma maneira de agilizar a adesão por parte das companhias usuárias e facilitar o gerenciamento dessas tecnologias.

 

“Você vai esbarrar com algum desafio de Segurança durante a transformação digital”, pontua Ideval Munhoz, CEO da T-Systems do Brasil. Na visão dele, oferecer serviços de proteção de dados baseados em cloud é uma tendência de mercado, já que a segurança potencializa ainda mais os benefícios da nuvem. “Atualmente, não basta vender apenas um produto, mas também o serviço”, ressalta o executivo. Inicialmente, as tecnologias de Segurança estavam disponibilizadas apenas para clientes da T-Systems, mas hoje já são oferecidas para não clientes da companhia, mostrando uma nova oportunidade de negócio para provedoras e integradoras de cloud.

 

Consideradas agnósticas, as empresas têm parcerias com diversos players do mercado de Segurança e oferecem também serviços de consultoria a fim de disponibilizar a tecnologia mais indicada para cada cliente. “Não basta adquirir soluções; é preciso que elas atendam às suas necessidades”, destaca Marcio Uehara, Delivery Security Manager da T-Systems.

 
Por conta disso, diversas companhias têm preferido aderir a serviços terceirizados de segurança, já que alguns produtos são caros e complexos, necessitam de atualizações constantes e demandam mão de obra especializada, o que está em falta no mercado. “Quando a segurança é aplicada como serviço, ela é gerenciada por times 24×7 que têm pleno conhecimento das ferramentas. Dessa forma, as empresas podem direcionar as próprias equipes de TI para outras tarefas”.

 

Em um cenário desafiador como o atual, seja no campo cibernético ou econômico, é natural que companhias optem por soluções de segurança integradas aos provedores de nuvem e incorporadas como serviço. Dessa maneira, as empresas tiram o máximo proveito dos benefícios da nuvem, como agilidade e custo. De qualquer forma, ainda cabe às empresas mensurarem o impacto do benefício entre investir num produto gerido dentro de casa ou manter o suporte terceirizado.

 

Conteúdos Relacionados

Security Report | Destaques

Dataprev investiga suposto comprometimento de dados no INSS

Nesta semana, circularam nas redes informação de que o sistema de Comunicação de Acidente de Trabalho (CAT), ligado ao instituto...
Security Report | Destaques

Aarin Tech-Fin renova estratégia de borda baseada em confiança zero

Proteger o acesso às APIs críticas para a operação empresarial era um dos grandes desafios encarados pela companhia de serviços...
Security Report | Destaques

Grupo Sabin é atingido por incidente cibernético

Companhia de Diagnósticos de Saúde confirmou, por meio de nota, que um ciberataque impactou suas operações na loja online no...
Security Report | Destaques

Boas práticas de SI em São Paulo: guia busca conduzir estratégia de resiliência no estado

A Secretaria de Gestão e Governo Digital (SGGD) do Estado de São Paulo instituiu, no fim de 2024, um plano...