Entre os tópicos discutidos no primeiro dia de Febraban Tech, estavam os desafios de manter o alto desempenho das instituições bancárias contando com Tecnologia de Segurança da Informação agregada às estratégias de inovação. Um dos problemas levantados foi o aumento da complexidade de nuvem nas companhias, tornando a Cloud Security mais desafiadora. Além disso, o equilíbrio entre segurança e disrupção dos serviços financeiros é um gargalo que precisa ser resolvido.
“A Segurança tem uma importância essencial, mas ela também é capaz de tornar impossível a experiência do usuário. O desafio nessa discussão é saber se a SI não vai entrar no caminho do User Experience. Equilibrar essas duas coisas é até mais importante e desafiador para o negócio do que exigir uma visão estratégica do CISO”, provoca a presidente do conselho da 2W Ecobank, Ana Karina Bortoni, durante encontro fechado na Febraban Tech em um espaço organizado pela VMWare.
A executiva ainda comentou o movimento de aproximação dos CISOs com o setor de negócios, permitindo-os participar mais ativamente do cotidiano corporativo. Segundo ela, o CEO espera que o líder de Cibersegurança possa se incluir no desenvolvimento, de forma a proteger o ambiente e a empresa sem impactar a jornada dos colaboradores.
“As corporações de hoje precisam se tornar cada vez mais ambidestras, aprendendo como equilibrar as demandas do negócio e da Segurança. Para isso, é necessário entender que de nada adianta manter as melhores tecnologias disponíveis no mercado, se elas não forem seguras e confiáveis ao próprio cliente. A SI é um dos setores capazes de garantir isso”, acrescenta Ana.
Segundo o Diretor de Engenharia da VMware, Rodrigo Mielke, as estratégias do setor financeiro podem ser resumidas em quatro pilares: aceleração de aplicações mais customizadas e direcionadas aos clientes; garantia de funcionamento do core business; formação de novos talentos em TI; e estabelecimento de uma estrutura de Segurança da Informação.
Em relação ao último pilar, Mielke aponta que as organizações pretendem focar na preservação de confiança dos usuários e parceiros na proteção de seus dados, além dos próximos avanços relacionados à defesa com conceitos de confiança zero. “Não falamos mais em transformação digital, mas sim em aceleração digital, pois as instituições bancárias já estão digitalizadas. E com isso, passamos a ter uma percepção maior em relação à reputação corporativa com ataques cibernéticos e riscos à proteção de dados dos clientes”, completa o executivo.