De acordo com o Gartner, os gastos mundiais com TI devem totalizar US$ 4,1 trilhões em 2021, alta de 8,4% em relação a 2020. De fato, as iniciativas digitais em todo mundo somadas à necessidade de modernização elevam os índices de investimentos e isso é um prato cheio para os players de tecnologia, principalmente com o movimento quase que em massa para o modelo de computação na nuvem. A cloud nunca esteve tão presente nas estratégias de negócio e, na visão do CEO da VMware Raghu Raghuram, o modelo Multicloud será o mais usado nos próximos 20 anos.
“À medida em que as empresas se reinventam por meio de aplicações e modernização da infraestrutura, é mais vantajoso aproveitar o melhor dos melhores serviços em diferentes provedores. Nossa análise mostra que 75% de nossos clientes corporativos agora usam duas ou mais nuvens públicas e 40% estão mudando para três ou mais. Ou seja, o Multicloud é o modelo dos negócios digitais”, diz o executivo na abertura do VMworld 2021, que acontece essa semana no formato online.
O CEO da VMware reforçou o posicionamento da companhia em se tornar a líder global de modernização de infraestrutura pautada em Multicloud. “Nossa história passou pela virtualização de infraestrutura, expandimos para data centers e diferentes camadas e hoje estamos nos consolidando na era cloud”, corrobora o country manager da VMware no Brasil, José Duarte, durante encontro online com a imprensa brasileira. Ele acrescenta que a companhia segue com o DNA mais agnóstico, em que clientes e parceiros poderão colaborar na jornada Multicloud.
Segurança intrínseca
Em meio à modernização, a Segurança da Informação ganha ainda mais protagonismo diante de um cenário de ameaças em evolução e ataques cibernéticos cada vez mais sofisticados. De acordo com Charbel Chalala, responsável pela unidade de negócios de Segurança Intrínseca na VMware para o Brasil e Cone Sul, há dois anos a companhia vem trabalhando para redesenhar a estratégia de oferta de SI.
Em um contexto de SASE e Zero Trust, a ideia é ofertar uma solução de infraestrutura segura de ponta a ponta, combinando o portfólio mais tradicional NSX, que faz análise da rede, com o Carbon Black que protege sistema operacional, além do Data Recovery de detecção e resposta. De acordo com o executivo, a missão da companhia é entregar um modelo completo de segurança que contemple recursos de visibilidade do ambiente.
“Pensem na VMware como uma empresa de Segurança. Estamos entre os Top 5 players deste mercado com grandes investimentos em camadas de SI que contemplam do endpoint à rede e ao modelo Multicloud”, destaca. Segundo ele, a arquitetura de proteção hoje está totalmente integrada com camadas de virtualização em um portfólio amplo de serviços e tecnologias de proteção mais modernas.
Durante o VMworld, o lançamento de destaque do VMware Security é a proteção para endpoints, máquinas virtuais e contêineres por meio de uma arquitetura Zero Trust de ponta a ponta. O objetivo do lançamento é entregar soluções de segurança desenvolvidas especificamente para as ameaças que os clientes enfrentam hoje, usando o poder do software, uma arquitetura distribuída escalável, princípios de design Zero Trust e um modelo de entrega em nuvem.
Para Charbel Chalala, o futuro da Segurança da Informação exige novo posicionamento dos CISOs, todos devem estar preparados para situações complexas e cenários de crise de incidentes. “Além disso, o CISO precisa se aproximar do negócio, se deslocar da linguagem mais técnica e fazer parte das tomadas de decisão”, completa.
Portfólio
Durante o VMworld, a VMware anunciou o Elastic Application Security Edge, que permite que a infraestrutura de rede e segurança no data center ou na borda da nuvem sejam flexíveis e se ajustem de acordo com o tráfego da aplicação.
O VMware Carbon Black Cloud agora pode ser habilitado com a troca no VMware vCenter, tornando a proteção contra ransomware mais simples e rápida de implantar. A empresa também anunciou recursos de recuperação rápida no caso do ransomware conseguir ultrapassar as defesas.
Já o VMware Cloud Disaster Recovery é uma solução Disaster Recovery-as-a-Service (DRaaS) que permite uma recuperação mais rápida em escala, para que as organizações estejam mais bem preparadas para evitarem o pagamento do resgate.
Além disso, o CloudHealth Secure State agora oferece o Kubernetes Security Posture Management (KSPM), que garante uma capacidade de fornecer visibilidade significativa das vulnerabilidades de configuração incorreta, tanto nos clusters Kubernetes quanto nos recursos conectados de nuvem pública. A solução fornece suporte a 176 regras, incluindo CIS Benchmarks para serviços gerenciados, como Amazon EKS, Azure Kubernetes Service e Google Kubernetes Engine.