“Segurança com AI deve ser nativa em ferramentas de videochamadas” afirma executivo

Em coletiva de imprensa direcionada à América Latina, representantes da Cisco apontaram que o mercado de aplicações de colaboração precisa se voltar para as demandas de Segurança Cibernética como meio de garantir a integridade dos clientes. Eles ainda apresentaram algumas das novidades a serem apresentadas durante o evento Webex One, na Califórnia

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Em coletiva de imprensa com veículos de comunicação latino-americanos, representantes regionais da Cisco reafirmaram a importância de se preservar a privacidade digital de salas de reuniões remotas em aplicativos de chamada como o Webex. Segundo os especialistas, por ser um espaço de discussões críticas, cabe às soluções do ramo garantirem que os administradores tenham controle sobre os usuários e as informações trocadas ali, e nesse sentido, as novas linguagens de Inteligência Artificial podem exercer papel fundmental.

Conforme explica Arturo Prieto, Arquiteto de Colaboração na Cisco América Latina, a Cibersegurança tem sido uma das prioridades nas novas atualizações do Webex, seguindo um padrão estabelecido por toda a empresa. Dessa forma, o conteúdo mantido na ferramenta, escrito ou gravado, é mantido sob proteção de códigos específicos. O monitoramento dos usuários também é mantido sob controle dos administradores das salas.

“Como garantir que são as pessoas verdadeiras a se conectar nas reuniões remotas? Como evitar olhares indesejados sobre uma reunião importante? Nos deparamos com essas dúvidas cotidianamente, e buscamos respondê-las estabelecendo acessos via tokens rotativos ou mesmo vigilância amplo feito pelo host”, explica Prieto, em Coletiva de Imprensa para os primeiros lançamentos do evento Webex One.

O executivo ainda levanta a possibilidade de aplicação massiva da Inteligência Artificial nesses recursos de Segurança. Atualmente, diz ele, o Webex mantém ferramentas de monitoramento específico de cada participante da sala, com o objetivo de manter o host informado sobre comportamentos maliciosos.

É possível monitorar as identidades dos usuários e manter o administrador informado sobre riscos de penetras. Assim, a tecnologia usa a AI para dizer se o usuário faz parte dos quadros da companhia ou mesmo se, de fato, ele está conectado ao vivo à transmissão. Além disso, a AI assistente do Webex pode monitorar caso atividades maliciosas possam estar atuando no entorno da estrutura.

“Existem muitas formas de incluir a Inteligência Artificial usada no Webex como salvaguarda de Segurança. Nossa proposta é criar uma arquitetura robusta que analise o ambiente em busca de malwares ou processos suspeitos. Além disso, buscamos ampliar o Enterprise Network visando otimizar mais eficiência de proteção através da tokenização”, comenta o Arquiteto de Colaboração.

Devices ligados ao padrão de Segurança

Outro anúncio esperado pela Cisco no Webex One envolve maior avanço em proteger os usuários de interferências maliciosas externas a partir dos equipamentos usados nas atividades de colaboração das empresas. Nesse contexto, a empresa deve lançar um par de fones de ouvido sem fio em parceria com a Bang & Olufsen, de modo a avançar nas práticas de trabalho híbrido seguro.

A ideia dessa solução é manter recursos de gerenciamento de Segurança gerenciados a partir do Control Hub do Webex. Além de monitorar os devices como inventário interno das empresas, a aplicação busca manter o uso do aparelho permanentemente visível aos hosts, como meio de saber o seu nível de integridade.

“Como dissemos, a nossa proposta para o Webex nos próximos anos é fazer da Segurança uma característica nativa. Portanto, a melhor maneira de implementar essa visão é preservando controles cada vez mais efetivos e deixá-los ao alcance dos times corporativos”, encerra Prieto.


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