A RSA Conference iniciou seus trabalhos nessa semana, a partir da discussão sobre a importância da Segurança cibernética em meio a tantas transformações digitais e novas incertezas sobre o futuro da tecnologia. Esse cenário, conforme relembra o Presidente Executivo da RSAC, Hugh Thompson, relembra às empresas e aos profissionais do setor de que atuar em comunidade é a melhor forma de responder às próximas demandas de mercado.
Thompson reforça que o ambiente segue desafiador para todas as organizações pelo mundo, com agentes hostis aprimorando dramaticamente seus métodos de ação. Além disso, nações e entidades ao redor do mundo pressionam pela melhora nas regulamentações de proteção de dados e SI, o que representará novas demandas por melhorias nesse tema para líderes corporativos e profissionais de tecnologia.
“Uma das coisas que mais me impressiona nesse setor é o quanto a Cibersegurança se tornou para a sociedade atual e, mais ainda, o quanto essa sociedade está percebendo a importância desse setor. Essa percepção não poderia ter vindo em melhor hora, dada a quantidade de mudanças que podemos esperar para o futuro, considerando novas tecnologias e a sofisticação dos atacantes”, reforça o executivo.
Um dos exemplos que ele traz é justamente o impacto que a Inteligência Artificial pode gerar em 2025 e pelos anos adiante. A RSA entende que esse será o grande tópico dos próximos meses, com implicações em diversas formas diferentes, incluindo os usos e riscos das IAs Agênticas. Thompson reforça que há questões essenciais a serem respondidas no que tange identidade, governança e rastreabilidade das informações nesses sistemas.
Por isso, o grande papel que os CISOs e seus times de Segurança devem cumprir é operar seus propósitos em meio a um cenário de constante transformação, fazendo-se presente dentro das discussões sobre as estratégias de futuro e estabelecendo, junto às lideranças de negócio, implicações relacionadas à proteção dos dados como ativos críticos ao negócio.
“Os adversários mudaram, as tecnologias fundamentais do nosso trabalho também, e as regulações querem que mantenhamos um padrão cada vez maior de mitigação de riscos e proteção. É para enfrentar essas ameaças que precisamos nos manter cada vez mais unidos: porque precisamos uns dos outros, e precisamos aprender uns com os outros”, afirma Thompson.
A cooperação entre os profissionais do setor deve ser, também, o ponto focal das transformações na Cibersegurança. Isso é necessário, pois, na visão do Presidente Executivo, isso permitirá estabelecer um mindset focado em ser resiliente a esses impactos, a partir da interação e cooperação comunitária do setor. Deste modo, é possível equilibrar a disputa com os agentes hostis e com os riscos futuros.
“Atuamos em um setor extremamente dinâmico, e por isso precisamos estar abertos para a mudança a todo instante. A partir da relação com o outro que compartilha dos nossos desafios, criamos um laço de confiança que nos fortalece como profissionais e como comunidade. Esse caminho é essencial para nos levar e levar nossas companhias ao sucesso em meio às incertezas”, conclui.