Riscos em TI passam por cultura da empresa e saúde mental

O Keynote de encerramento Security Leaders Nacional destacou como ambientes corporativos tóxicos e a pressão sobre profissionais de TI comprometem a saúde mental, aumentam riscos de Segurança digital e exigem ações urgentes de RH para preservar a cultura da organização

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No encerramento do 16º Security Leaders Nacional, realizado nos dias 22 e 23 de outubro em São Paulo, a importância de uma cultura organizacional saudável e pela saúde mental dos funcionários. Esse foi o mote da palestra Riscos Psicossociais e Segurança Tóxica: Quando a Cultura Organizacional Se Torna Ameaça Interna, da advogada Cristina Sleiman.

 

“O elo mais fraco é sempre o ser humano. Um ambiente empresarial tóxico cria uma cultura de medo e insegurança. O resultado é um adoecimento mental dos funcionários, deixando a empresa mais exposta”, resume Cristina.

 

Segundo Cristina, além dos riscos organizacionais, o aumento dos ataques digitais por si só já aumenta sobremaneira a pressão sobre os profissionais de TI”, diz a advogada e também pós-graduada em Sistemas Eletrônicos pela USP.

 

“Expectativas irreais de desempenho, carga de trabalho excessiva e cultura de trabalho tóxica aumentam a fadiga, a saída de profissionais e os incidentes de segurança digital”, explica Cristina. “Esse estresse afeta não apenas o CISO, mas toda a empresa”, acrescenta a especialista em riscos psicossociais.

 

De acordo com ela, apesar desse cenário acontecer no setor de TI, quem lida com as consequências disso é o setor de RH. “O resultado de jornadas extensas, trabalho monótono e assédio é a saída de profissionais, aumento de processos judiciais e prejuízo para a imagem da empresa”, afirma a advogada.

 

Cristina aponta a criação de uma cultura de trabalho mais saudável como a única saída para esse cenário verificado no setor de TI das empresas: “A pressão só leva o funcionário a cometer mais erros. Uma TI que cuida de gente tem uma escalabilidade melhor”.

 

Por fim, Cristina sugere o desenvolvimento de indicadores e métricas para medir a “saúde organizacional: “Trabalhar em como capacitar e como sensibilizar os funcionários sobre saúde mental e criar métricas de limites e alerta para evitar a fadiga dos profissionais é um caminho”, disse ela.

 

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