Relatório revela que 97% das empresas no mundo sofreram um ataque de malware em 2020

Estudo destaca as ameaças mais recentes aos dispositivos corporativos, de aplicativos maliciosos até ataques de ransomware, e, pela primeira vez, os ciberataques a sistemas de gerenciamento de dispositivos móveis

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A Check Point publica a nova edição de seu Relatório de Segurança Móvel 2021. O estudo examina as ameaças emergentes mais recentes direcionadas aos dispositivos móveis das organizações e fornece uma visão geral das principais tendências em malware móvel, vulnerabilidades de dispositivos e ciberataques por estado-nação. Também aponta como as empresas podem se proteger contra ameaças atuais e futuras e sua evolução.

 

O aumento do trabalho remoto durante a pandemia da COVID-19 levou a uma grande expansão da superfície de ataque móvel, o que fez com que 97% das empresas enfrentassem ameaças móveis de vários vetores de ataque. Nesse sentido, e com a previsão da IDC de que 60% dos colaboradores serão usuários de dispositivos móveis em 2024, fica claro que a segurança deve ser uma prioridade para todas as organizações. Os destaques do Relatório de Segurança Móvel 2021 da Check Point são:

 

• Todas as empresas correm risco de ataques móveis: quase todas as organizações sofreram pelo menos um ataque de malware móvel em 2020. Noventa e três por cento desses ataques se originaram em uma rede de dispositivos, a qual tenta enganar os usuários para que instalem uma carga (payload) maliciosa por meio de sites ou URLs infectados ou para roubar suas credenciais.

 

• Quase metade das organizações foram afetadas por aplicativos móveis maliciosos: 46% das organizações sofreram uma ameaça contra sua rede e seus dados devido a pelo menos um download de aplicativo móvel malicioso feito por um colaborador em 2020.

 

• Globalmente, quatro em cada dez celulares são vulneráveis: a pesquisa da Check Point, referente ao chip DSP da Qualcomm Technologies, mostrou que pelo menos 40% dos dispositivos móveis do mundo são inerentemente vulneráveis a ciberataques devido a falhas em seus chipsets e necessitam fundamentalmente da aplicação de patch.

 

• Aumento do malware móvel: em 2020, a Check Point detectou um aumento de 15% na atividade de cavalos de Troia bancários, em que as credenciais dos usuários corriam o risco de serem roubadas. Os cibercriminosos têm distribuído malware móvel, incluindo cavalos de Troia de acesso remoto móvel (MRATs), os trojans bancários e discadores premium, muitas vezes ocultando o malware em aplicativos que alegam oferecer informações relacionadas à COVID-19.

 

• Grupos APT visam dispositivos móveis: os smartphones individuais são um alvo muito atraente para vários cibercriminosos que atuam com ameaças persistentes avançadas (APT), como o grupo do Irã Rampant Kitten que conduziu elaborados e sofisticados ataques direcionados para espionar usuários e roubar dados confidenciais.

 

“Além disso, há ameaças mais complexas no horizonte. Os cibercriminosos prosseguem na evolução e na adaptação de suas técnicas para explorar nossa crescente dependência dos smartphones. As empresas precisam adotar soluções de segurança móvel que protejam completamente os dispositivos das atuais ciberameaças avançadas; e os usuários devem ter o cuidado de usar apenas aplicativos de lojas oficiais para minimizar o risco”, comenta Neatsun Ziv, vice-presidente de prevenção de ameaças da Check Point Software Technologies.

 

Durante 2020, a Check Point descobriu um novo ataque altamente significativo, no qual os cibercriminosos usaram o sistema de gerenciamento de dispositivos móveis (MDM) de uma grande corporação internacional para distribuir malware para mais de 75% de seus dispositivos móveis gerenciados, explorando a solução pretendida para controlar o uso dos dispositivos móveis.

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