Atualmente, a rede corporativa vive em um estado de fluxo constante. O perímetro está cada vez mais fragmentado com aplicativos e dados que não estão mais contidos no data center corporativo, mas residem em redes distribuídas, resultando em bilhões de bordas e criando uma complexidade sem precedentes. É neste cenário que os times de Segurança atuam diariamente, equilibrando vários “pratos” a fim de entregar proteção, produtividade e melhor experiência para o usuário.
Não é uma tarefa fácil, por isso os players de tecnologia têm batido na tecla de reduzir silos e consolidar toda a arquitetura de Segurança em uma única plataforma de fim a fim. Na visão de Ken Xie, fundador e CEO da Fortinet, a integração da Segurança e da rede permite que as organizações corporativas e governamentais se adaptem às mudanças da era digital. Para ele, uma plataforma de SI totalmente integrada, que pode ser implantada em qualquer lugar para garantir proteção consistente contra ameaças mais sofisticadas é o caminho de sucesso para o CISO.
Durante o Accelerate 2022, evento global da Fortinet que acontece nessa semana nos Estados Unidos com Keynotes especiais e transmissão pela internet, Ken Xie prevê que a Segurança cibernética deve ultrapassar os negócios de rede à medida em que cresce a convergência entre esses dois ambientes.
“Essa convergência está acontecendo e, provavelmente nos próximos 10, 20 anos, a Segurança ultrapassará o espaço da rede e se tornará muito maior dentro do ambiente corporativo”, disse o CEO. Ele acrescenta que essa grande tendência vai se consolidar, pois a Segurança vem ganhando esse espaço no discurso corporativo. “A Fortinet teve a ideia de convergir rede e Segurança há mais de 20 anos, quando foi fundada. Seguimos nesse movimento e, definitivamente, nos movemos na direção correta”, completa Xie.
Nova arquitetura
Outra tendência que o executivo destacou é a consolidação entre os fornecedores de Segurança por meio da integração de tecnologia. Segundo ele, a Fortinet sugere uma consolidação da Segurança por meio do conceito Cybersecurity Mesh Architecture, destacado pelo Gartner como uma tendência que veio para solucionar os problemas de silos e trazer mais integração e automação para os ambientes de Segurança.
De acordo com Felix Gaehtgens, VP Analyst do Gartner, trata-se de uma abordagem arquitetônica para criar um ecossistema colaborativo de ferramentas a fim de proteger os novos perímetros. “Ou seja, é uma nova arquitetura que se estende da tecnologia à organização, com melhores práticas e processos”, diz o executivo durante o Accelerate.
Ele acrescenta que o Mesh é uma tendência de Segurança cibernética que consolida os ambientes, entregando uma sinergia entre as diferentes ferramentas de Segurança. “Muitas soluções de SI podem ser maravilhosas por si só, mas elas são executadas em seus próprios mundos, o que cria silos difíceis de serem gerenciados. Até mesmo as equipes que atuam com essas ferramentas vivem isoladas”, completa o analista do Gartner.
Para John Maddison, diretor de Marketing e VP Executivo de Produtos da Fortinet, as empresas modernas precisam de um sistema que torne segura a implantação de novas tecnologias e serviços. Ele defende que isso requer uma plataforma de Segurança cibernética ampla, integrada e automatizada que forneça gerenciamento e visibilidade centralizados.
“O Security Fabric da Fortinet fornece essa plataforma que atua em um ecossistema de soluções que se adaptam automaticamente às mudanças dinâmicas na rede. O Fabric está totalmente integrado ao conceito Mesh e é essencial para reduzir a complexidade e aumentar a eficácia geral da Segurança nas redes corporativas”, diz.
O executivo corrobora com o analista do Gartner e destaca que hoje as equipes de Segurança atuam de forma segmentadas, cada uma cuida de áreas específicas como endpoints, redes, dados e gestão de identidades. “Isso traz complexidade ao gerenciamento. Se realmente queremos aproveitar as habilidades dos especialistas dos nossos times, é melhor seguir na abordagem de criar um ecossistema colaborativo entre essas equipes fazendo com que as ferramentas atuem em conjunto, trabalhando todos junto para garantir novos parâmetros de proteção”, acrescenta Maddison.
Felix Gaehtgens explica que o conceito Cybersecurity Mesh Architecture tem três características: combinável, por ser uma abordagem arquitetônica, o Mesh permite integração com controles distintos de Segurança; distribuído, que incentiva e permite que os controles descentralizados atuem em conjunto; e colaborativo, pois trata-se de um ambiente que integra serviços de Segurança permitindo que equipes atuem de forma conjunta.
“Na Fortinet, queremos manter os investimentos de longo prazo. Também queremos ter a certeza de entregar valor para cliente e parceiros a fim de juntos construirmos o melhor ambiente de negócios, protegido e colaborativo”, conclui Ken Xie.