O mais recente estudo da Trend Micro, o Fast Facts, aponta que o Brasil teve grande número de ameaças encontradas no mês de outubro de 2020, com 2,07 milhões de arquivos maliciosos detectados, sendo o 9º principal alvo de ataques no mundo. Globalmente, foram 36.8 milhões de detecções só no estilo ransomware, sendo que o setor de governo foi o primeiro no ranking como a principal indústria mais atacada, seguido pelos segmentos de manufatura e saúde.
A dúvida que fica no ar é: com tantas tecnologias avançadas em Segurança da Informação, por que as empresas ainda sofrem com um ataque que não é novo? “Eu diria que a visibilidade é nosso eterno desafio”, destaca Cassio Menezes, DPO da Allianz durante mesa redonda realizada pela TVD.
Na visão do executivo, corroborada pelos demais participantes da mesa, é difícil organizar uma visão holística e tomada ágil de decisão diante de um ransomware justamente pela falta de visibilidade. Esse gargalo acontece por diversos fatores, entre eles, a dificuldade de integrar tecnologias existentes, além de fazer o básico bem feito.
“Ransomware não é nada novo na Segurança. Podemos tratar disso com gestão de vulnerabilidade, backup e processos maduros de SI que não são novidades pra ninguém. O desafio é fazer o básico, que já mudou também e não é o básico que fazíamos um ano atras”, ressalta o executivo.
“Percebemos que o cenário de ransomware se parece com uma montanha russa, o setor financeiro sempre foi o mais atacado, mas acompanhamos uma migração de ciberataques para outras indústrias, inclusive Varejo e Educação”, destaca, durante mesa redonda realizada pela TVD, em parceria com o vendor.
De acordo com Cesar Candido, diretor de Vendas LATAM da Trend Micro, as empresas estão vivendo 3 grandes desafios nesse cenário de alta dos ataques cibernéticos: além da baixa visibilidade na rede corporativa, ele destaca a resposta rápida aos incidentes e uso mais integrado das tecnologias existentes.
Fernando Galdino destaca a dificuldade em ter essa visibilidade devido ao embate de diversos fatores, um deles, a complexidade de atualização do parque tecnológico, principalmente em indústrias reguladas. “Todo mundo quer surfar na onda da transformação digital. Se não tivermos visibilidade, tudo se torna mais difícil. Ainda mais quando falamos de ransomware, em que a falha de um único usuário pode abrir a porta do ambiente e deixar tudo exposto”, diz.
Para superar esse desafio, Cesar Candido destaca a importância da capacitação humana, de contar com um ambiente de Segurança mais integrado, com recursos tecnológicos bem explorados, além da capacidade de responder rapidamente um ataque cibernético.
“Pensando nesses três desafios, o que enxergamos muito fortemente para 2021 é educação do usuário, segurança de cloud e tecnologias de proteção em camadas. Precisamos superar esses desafios educando o usuário, contando com a nuvem e uso mais integrado da Segurança”, completa.
A mesa redonda está disponível na íntegra no canal da TVD no Youtube.