O papel das mulheres no setor de segurança cibernética

Estudo revela que a representação das mulheres neste setor é de 25% globalmente. Em 2013, esse índice era de 11%

Compartilhar:

A ESET juntamente com o Digipais, que procura acompanhar tutores e professores no cuidado de crianças na Internet, no contexto do Dia Internacional da Mulher (8 de março) e do Dia Internacional da Mulheres e Meninas na Ciência (11 de fevereiro) abordam o tema e destacam sua importância.

 

“Embora a ciência e a tecnologia devam ser acessíveis a todos, é difícil para a comunidade científica conseguir isso. As mulheres que trabalham em ciência e tecnologia ainda representam apenas 28% de todos os trabalhadores”, The STEM Gap.

 

A diferença de gênero está se tornando mais visível nas disciplinas de ciência, tecnologia, engenharia e matemática (conhecidas como STEM), em todo o mundo. A comunidade científica global fez muito progresso nos últimos anos para inspirar e engajar meninas e mulheres na ciência, bem como para aumentar sua participação no ensino superior nesses campos, onde ainda não são suficientemente representadas.

 

Ainda assim, a disparidade de gênero continua a impedir que muitas meninas e mulheres alcancem os ganhos referentes ao que contribuem. Com o objetivo de incentivar a participação de mais meninas e mulheres na ciência para alcançar a paridade de gênero na comunidade científica e incentivá-las a seguir uma carreira na ciência, a Assembleia Geral das Nações Unidas declarou 11 de fevereiro como o Dia Internacional das Mulheres e Meninas na Ciência. O dia é reconhecido mundialmente desde 2015.

 

Um relatório do (ISC)² sobre mulheres na segurança cibernética revela que elas são um terço em relação aos homens no campo, destacando a necessidade de apoiar as mulheres na busca por carreiras STEM. Por esse motivo, a ESET lançou sua própria Bolsa ESET para Mulheres em Segurança Cibernética. Ela foi projetada para aumentar a representação das mulheres no campo da segurança cibernética, e consiste em uma bolsa de 5.000 dólares que é concedida a estudantes universitários dos Estados Unidos e Canadá que se especializam em uma das áreas de estudo das disciplinas de STEM.

 

“Embora nos últimos anos o número de mulheres trabalhando em cibersegurança tenha aumentado globalmente, ainda falta uma maior participação para equilibrar a escala e, assim, criar um ambiente mais inclusivo e representativo que inspire as futuras gerações de mulheres a ingressar neste campo. De acordo com o estudo elaborado pelo (ISC)2, a representação das mulheres neste setor é de 25% globalmente. Se levarmos em conta que em 2013 foi de 11%, a presença de mulheres aumentou, mas ainda é apenas um quarto”, comenta Martina López, Pesquisadora de Segurança da Computação da ESET Latin America.

 

Em sua sede em Bratislava, Eslováquia, a ESET também fez sua parte para encorajar jovens talentosas a buscarem a ciência. Ela se juntou à iniciativa AjTy v IT para motivar, educar e construir uma comunidade de meninas e mulheres no campo da tecnologia da informação. A ideia é trabalhada em estreita colaboração com a Faculdade de Informática e Tecnologia da Informação da Universidade Técnica da Eslováquia em Bratislava para incentivar as mulheres jovens a estudar ciência da computação e depois seguir uma carreira neste campo.

 

Além disso, a ESET vem apoiando e celebrando a ciência desde sua fundação, há 30 anos. Entre suas inúmeras atividades, ela premiou cientistas eslovacos por suas realizações notáveis, que têm impacto global e protegem o progresso da humanidade. O ESET Science Prize é concedido desde 2019 em três categorias que reconhecem o trabalho de homens e mulheres.

 

Para conhecer a opinião das mulheres que atualmente trabalham no setor, a ESET apresenta um novo capítulo de seu podcast Conexão Segura com Martina López e Sol González, ambas pesquisadoras de segurança do laboratório de pesquisa ESET Latin America, onde, com base em sua experiência, contam como tem sido seu caminho até hoje e como olham para a situação atual.

 

Ambos concordam que “há um pouco mais de conscientização sobre a importância de quebrar certos estereótipos e trabalhar com uma perspectiva de gênero. Com o passar do tempo, surgiram iniciativas que buscam divulgar e destacar o trabalho que as mulheres fazem em cibersegurança para inspirar outras pessoas a ver na tecnologia, e em especial na segurança de computadores, a possibilidade de construir uma carreira. Alguns exemplos dessas iniciativas na região são conferências como Latinity ou NotPink Con, ou iniciativas como Media Chicas”.

 

Para Martina, “hoje a falta de oportunidades talvez não seja o problema mais importante para as mulheres da indústria, mas sim as consequências desses estereótipos, que levam muitas mulheres ou setores minoritários da sociedade a acreditar que essas oportunidades não são para elas. Nunca se sabe; o campo da segurança cibernética pode ser o caminho certo para você, suas filhas ou as jovens ao seu redor”.

Conteúdos Relacionados

Security Report | Overview

Vazamentos geraram cerca de 600 anúncios com dados brasileiros na dark web

Análise da Kaspersky indica que os setores público e de telecomunicações foram os mais visados pelos ataques que resultaram nos...
Security Report | Overview

Febraban alerta para golpe do falso fornecedor

Criminosos investem em anúncios na internet e em plataformas online de serviços de manutenção para cometer crimes com o uso...
Security Report | Overview

Novo malware finge ser assistente de IA para roubar dados de brasileiros, afirma relatório

Pesquisa revela que golpistas estão usando anúncios no Google e um aplicativo falso de IA (DeepSeek) para instalar programa que...
Security Report | Overview

Brasil está entre os dez países com mais ameaças de malware, afirma pesquisa

Relatório indica nações que devem tomar precauções extras para tornar os sistemas corporativos mais resilientes contra ataques como ransomware