*por Marcelo Teixeira de Azevedo
O uso de celulares tem sido cada vez mais comum para qualquer tipo de operação, seja uma transação bancária, um pedido de comida, uma reserva de hotel ou até mesmo para entretenimento, com jogos online e redes sociais, o que torna o uso dos smartphones uma prática rotineira e facilitadora. Portanto, conhecer os riscos e as formas de prevenção de golpes no uso desses aparelhos é essencial para a proteção das informações, sejam pessoais ou financeiras.
Para identificar os riscos de segurança expostos, a OWASP, que é uma organização internacional conhecida pelo Projeto Aberto de Segurança em Aplicações Web, mantém em seu site oficial, desde 2014, uma lista dos 10 principais riscos em comunicação móvel, conhecido como “Top 10 Mobile Risks”.
Essa referência serve como ponto de partida para diversos fabricantes, organizações e pessoas para se protegerem das ameaças existentes.
Phishing, engenharia social e aplicativos maliciosos são as ameaças mais comuns, já que estão associados à tentativa de envio de mensagens de texto, e-mail ou até mesmo ligações. Com esses episódios, os golpistas buscam obter informações pessoais ou fazer com que a vítima instale aplicativos maliciosos para que assim consigam vantagens e acessos às informações confidenciais.
A proteção para esses tipos de ameaças envolve: não clicar em links desconhecidos e não responder mensagens suspeitas; identificar sempre a origem da mensagem. Por exemplo, ligar de volta no número oficial do seu banco e nunca compartilhar senhas de nenhum tipo; fazer o download de aplicativos somente em fontes confiáveis, como a Google Play Store (Android) e AppStore (IOS); manter o sistema operacional do celular e os aplicativos sempre atualizados e conforme orientação do fabricante.
Ademais, criar senhas fortes e únicas para cada aplicativo (o uso de um gerenciador de senha é igualmente recomendável) e autenticação em duas etapas (2FA), pois além da senha tradicional, pode ser configurada uma senha extra (PIN) ou biometria (facial ou digital); assim como fazer o backup frequente dos dados, podendo utilizar o recurso de computação em nuvem para esse propósito.
Além desses importantes passos, é recomendado evitar o uso de Wi-Fis públicos, pois os pontos de acesso (roteador sem fio) podem estar comprometidos e o golpista monitorando o tráfego para roubar informações ou sequestrar a sessão, passando a ter acesso aos aplicativos em uso. Em último caso, se for realmente necessário a conexão, recomenda-se o uso de uma VPN para criptografar os dados. Cautela e uma abordagem proativa, seguindo boas práticas de segurança, continuam sendo as melhores formas de prevenir os golpes.
*Marcelo Teixeira de Azevedo, é, professor, doutor, docente e pesquisador de Redes e Segurança para os cursos de Ciência da Computação e Sistemas de Informação da Universidade Presbiteriana Mackenzie (Campus Alphaville)