Próxima fronteira da Cibersegurança está na coordenação com o monitoramento físico?

A proposta estratégica da Genetec se baseia na consolidação de um padrão unificado, com mais integração entre os times de Segurança Física e Digital. Essa proposta considera a necessidade de atuar com uma única plataforma, o que exige soluções igualmente integradas

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A Genetec convidou jornalistas de diversos países para visitar suas instalações em Washington DC e participar da coletiva de imprensa do Global Press Summit 2024. Durante a visita guiada pelos executivos, a companhia reforçou a estratégia que se pauta em uma ação mais integrada entre as Seguranças Físicas e Lógicas, baseadas em práticas e soluções unificadas para ambos os setores.

 

Segundo explicaram os diretores, a demanda por novas formas de ampliar as linhas de proteção partiram das duas áreas, pois tanto líderes de proteção física precisavam garantir controle das novas estruturas digitais adicionadas ao mercado, quanto os C-Levels de Cyber Security viam o número de vulnerabilidades ao sistema interno crescer constantemente. Diante das empresas com negócios cada vez mais conectados em redes públicas e privadas, especialmente hospedadas em nuvem, a empresa segue então avançando nesta estratégia de oferta.

 

“Segurança vai muito além de apenas considerar mudanças no perímetro a cada remodelagem da estrutura física. Hoje em dia, com a Internet das Coisas se tornando essencial às operações corporativas e um vetor de ataque mais visado, se tornou importante para Cibersegurança prestar atenção ao que acontece intramuros da organização, como uma forma de proteger não apenas as joias da coroa, mas também a integridade dos colaboradores que atuam nesses sistemas”, explica o Vice-presidente de Engenharia de Produto e CSO da Genetec, Christian Morin.

 

Diante dessa necessidade, integrar a observabilidade sobre tudo o que se tem dentro da empresa, seja ele um ativo físico ou lógico, se tornou o próximo passo para garantir novos níveis de Segurança. Nesse sentido, a Genetec se propôs a avançar congregando suas ferramentas de segurança em um único painel de controle, capaz de monitorar acessos a portas e imagens de câmera, enquanto vigia também movimentações no ciberespaço da companhia, especialmente em servidores e tecnologias baseadas em Internet das Coisas.

 

A Plataforma Access Control Security utiliza recursos de automação para gerenciar de forma simples os recursos até então mantidos de forma separada por soluções diferentes providas pela Genetec. A partir dele, é possível restringir ou liberar acessos digitais e físicos dos usuários da companhia, bem como buscar por rastros de intrusões ou atividades suspeitas dentro e fora da companhia, no meio digital ou no meio físico.

 

“Dentro da plataforma, podemos manter controle tanto do hardware em sua forma física, quanto do software atuante no espaço digital. Isso inclui desde câmeras de segurança ativas no datacenter até acessos indevidos detectados pelo sistema de Security Access interno. A ideia de facilitar a ação do analista nos levou ao processo de automação, com recursos de análise rápida da inteligência de máquina e automação”, acrescenta Laurent Villeneuve, Gerente de Marketing de Produto, durante a demonstração da plataforma.

 

Os profissionais afirmam, inclusive, que nenhuma das aquisições feitas anteriormente pelos clientes da empresa seriam prejudicados por essa integração. Nestes casos, será necessário migrar para o Access Control Security e passar a seguir com seu controle de governança na plataforma unificada. Esse processo pode, ainda, ajudar na coordenação entre a Segurança Física e Lógica, permitindo a ambos falarem a mesma língua ao traçar planos colaborativos de proteção.

 

IA e Automação Inteligente

 

Seguindo a tendência mundial em tecnologias emergentes, a Genetec também investiu na Inteligência Artificial Generativa para a nova ferramenta de Segurança Integrada, centralizando a capacidade de detecção de elementos específicos em imagens e rastros cibernéticos em uma Large Language Model (LLM) particular baseada no GPT da OpenAI e contratada junto à empresa.

 

Esse recurso permite que os usuários tenham acesso a diversos tipos de informações capitadas e armazenadas na estrutura da Plataforma. É possível, por exemplo, filtrar imagens coletadas pelas câmeras de segurança através da análise de imagens com características específicas, bem como selecionar informações de logs e movimentações suspeitas de algum agente visitante. Essa possibilidade permite a ambas as seguranças captarem operações invasivas mais intrincadas, para poderem responder com mais efetividade.

 

Todavia, os executivos da companhia alertam que a capacidade de atuação da IA Generativa apenas alcança o mesmo nível das possibilidades dos clientes em aplicá-las. Portanto, sem a devida orientação e aplicação dos próprios colaboradores, o recurso não poderá atingir sua total capacidade. Essa visão se baseia na própria perspectiva da Genetec sobre a IA, considerando a tecnologia ainda bastante dependente dos objetivos das próprias pessoas.

 

“Sem Automação Inteligente, a IA não trará nenhum benefício para a sociedade, de sorte que ela não atingirá todo o seu potencial de uso ou, pior, acabará sendo usada em fins escusos, no âmbito do cibercrime. Assim, se considerarmos o tamanho do risco em acreditarmos levianamente nesse recurso, colocar o fator mano dentro dessa equação se tornou um imperativo à nossa plataforma de monitoramento”, conclui o Presidente e Fundador da Genetec, Pierre Racz.

 

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