Equilibrar a necessidade de segurança no uso de Inteligência Artificial sem brecar a inovação. O dilema deu o tom do debate no painel “Paradoxo entre segurança, proteção e privacidade no uso de IA”, realizado no segundo dia do Security Leaders Nacional, nesta quinta-feira (23) em São Paulo.
A questão foi levantada por Fernando Bruno, Superintendente de Segurança de Informação do Bradesco: “O quanto cedemos em segurança para avançar no uso da Inteligência Artificial?”, provocou o CISO do banco. Daniel Moreira, CISO da Drogaria Araújo, vai na mesma linha do colega do Bradesco: “Segurança é fundamental, mas remédio demais também mata o paciente. O uso de tecnologia depende de governança”.
Ticiano Benetti, CISO da Natura, percebe o cenário de modo diverso: Precisamos usar a IA de uma maneira segura, uma alternativa é oferecer IA corporativas para uso dos funcionários e criar comitês para lidar com o uso dessa tecnologia”. Porém, o especialista em segurança da Natura vê muitas vantagens no uso da IA até mesmo para a segurança da informação: A Inteligência artificial acelera a adaptabilidade à situações de risco e melhora o entendimento de contextos”, diz Benetti.
Segundo Adilson Coutrim, especialista em segurança em nuvem da Google, falou da pressão pelo uso da IA e por inovação: “Precisamos treinar os profissionais para evitar acidentes, mas a IA é fundamental hoje para qualquer empresa inovadora”. Conforme o CISO do Bradesco, como qualquer outra tecnologia, a IA precisa de boas práticas para o uso: “Criar comitês nas empresas, elaborar guias de boas práticas e não esquecer dos fundamentos de segurança da informação”.