A Polícia Federal, por meio da Força Integrada de Combate ao Crime Organizado do Estado de Goiás (FICCO/GO), prendeu nesta semana dois indivíduos suspeitos de lavagem de dinheiro e uso de documentação falsa em uma operação de ataque cibernético a uma empresa no estado do centro-oeste brasileiro. De acordo com nota da PF, a ação criminosa envolveu também a invasão cibernética de dispositivos possivelmente relacionados à companhia vítima do furto.
As autoridades ofereceram poucos detalhes do ocorrido, como o nome da empresa atingida, se os indivíduos foram os autores do hackeamento ou mesmo qual foi a natureza da invasão cibernética. Todavia, a nota informa que a ocorrência estava sob investigação desde o último fim de semana, quando os dois suspeitos receberam R$ 2,2 milhões de reais frutos do roubo. Tal valor representaria apenas uma parte do que foi realmente desviado.
Ao detectar a movimentação atípica, por questões de segurança, a instituição financeira envolvida na transação bloqueou a chegada dos valores. Essa ação forçou os suspeitos a apresentarem um contrato de compra e venda de imóvel falso ao banco, na tentativa de liberar o dinheiro, expondo a participação dos detidos no incidente. O FICCO/GO entrou em ação logo em seguida, detendo os suspeitos.
A FICCO/GO é uma junção de esforços entre Polícia Federal, Polícia Rodoviária Federal, Secretaria Nacional de Políticas Penais, Polícia Militar, Polícia Civil e Polícia Penal, e possui como objetivo reprimir as ações de grupos criminosos no Estado de Goiás.
A polícia Federal tem enfrentado cada vez mais incidentes cibernéticos como uma de suas atribuições no mundo hiper conectado de hoje, considerando a quantidade de ataques hackers que tem mirado empresas públicas e privadas. Recentemente, a PF esteve envolvida na investigação de um ciberataque contra o Ministério da Gestão e Inovação em Serviços Públicos (MGI), responsável por prejudicar o Sistema Eletrônico de Informações da pasta.
A investigação posterior indicou, entretanto, que se tratava de um impacto bem maior, com outros serviços internos ligados à plataforma ColaboraGov sendo afetados pelo incidente. A informação foi confirmada por um e-mail divulgado internamente pelo Ministério aos funcionários, e incitou a permanência da apuração da Polícia.
A Security Report publica, na íntegra, a nota divulgada pela Polícia Federal:
“A Força Integrada de Combate ao Crime Organizado do Estado de Goiás (FICCO/GO) prendeu em flagrante, na tarde desta quinta-feira (15/8), dois indivíduos por lavagem de capitais e uso de documento falso.
A ação ocorreu após um estabelecimento comercial ter sido vítima de um furto que envolveu fraude e invasão de dispositivos informáticos no último final de semana. Durante o incidente, cerca de 2,2 milhões de reais foram subtraídos e transferidos para a conta de dois suspeitos, representando apenas parte do valor total furtado.
Devido à suspeita de fraude, a instituição financeira bloqueou os valores. Quando os investigados tentaram liberar o dinheiro, apresentaram um falso contrato de compra e venda de imóvel ao banco.
Diante dos fatos, os indivíduos foram detidos por órgãos integrantes da FICCO/GO.
A FICCO/GO é uma junção de esforços entre Polícia Federal, Polícia Rodoviária Federal, Secretaria Nacional de Políticas Penais, Polícia Militar, Polícia Civil e Polícia Penal e possui como objetivo reprimir as ações de grupos criminosos no Estado de Goiás.”