Nesta semana, a Polícia Federal realizou uma operação para desarticular um grupo criminoso que utilizava ilegalmente contas governamentais para acessar sistemas vinculados ao Conselho Nacional de Justiça (CNJ). Na Operação Acesso Restrito, foram cumpridos três mandados de busca e apreensão em endereços vinculados aos suspeitos nas cidades de Canoas, Alvorada e Viamão.
Segundo o comunicado da Polícia, os criminosos invadiam o sistema RENAJUD, que realiza bloqueios judiciais de veículos, com o intuito de excluir determinadas restrições veiculares. Os investigados irão responder pelo crime de associação criminosa e invasão dos dispositivos digitais.
No início do mês, a Polícia Civil do Rio Grande do Sul deflagrou uma operação contra um esquema similar de fraudes digitais. Segundo a organização, a chamada Operação Invasor visava investigar a retirada indevida de restrição judicial sobre veículo envolvido em processo na Justiça. De acordo com o comunicado da força, foram realizados seis mandados de busca e apreensão e cinco de prisão preventiva em Sapiranga, Portão, Dois Irmãos e Rolante.
A ação cibercriminosa envolvia invadir a conta Gov.br de uma magistrada federal por meio de acessos comprometidos. Dessa forma, os agentes hostis eram capazes de burlar o sistema judiciário, alterando processos de restrição de bens automóveis, tornando-os aptos a serem utilizados ou vendidos.
A Security Report disponibiliza, na íntegra o comunicado 0ficial da Polícia Federal:
“Porto Alegre/RS. A Polícia Federal deflagrou, nesta sexta-feira (17/10), a Operação Acesso Restrito, com o objetivo de desarticular grupo criminoso que utilizava ilegalmente contas Gov.br de magistrados e servidores da Justiça para acessar sistemas vinculados ao Conselho Nacional de Justiça (CNJ).
Foram cumpridos três mandados de busca e apreensão em endereços vinculados aos suspeitos nas cidades de Canoas, Alvorada e Viamão.
De acordo com o inquérito policial, o grupo criminoso invadia, principalmente, o sistema RENAJUD, que realiza bloqueios judiciais de veículos, com o intuito de excluir determinadas restrições veiculares.
Os investigados poderão responder pelos crimes de associação criminosa e invasão de dispositivo informático.”