Polícia de São Paulo desmantela central de fraudes financeiras

A operação das autoridades, chamada de Cavalo Fantasma, conduziu 60 envolvidos no esquema para prestar esclarecimentos na delegacia, além de recolher 50 computadores, celulares e documentos. O grupo tinha como meios de fraude falsas renegociações de juros em empréstimos consignados, financiamentos bancários e serviços de regularização de CNH

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A Polícia Civil de São Paulo deflagrou nessa semana a Operação Cavalo Fantasma para desmantelar um grande esquema de fraudes financeiras operada em Guarulhos, na região metropolitana da capital. Os golpistas utilizavam meios digitais para mover uma diversidade de golpes financeiros, operando em escala empresarial.

 

De acordo com a nota das autoridades, no prédio onde a organização cibercriminosa operava, havia ao menos sete divisões diferentes, cada uma especializada em um tipo específico de fraude. Elas incluíam falsas renegociações de juros em empréstimos consignados, financiamentos bancários e supostos serviços de regularização de CNH.

 

60 pessoas foram levadas à delegacia para prestar esclarecimentos, e aproximadamente 50 computadores, celulares e documentos diversos foram apreendidos. A campanha de fraudes foi descoberta a partir da denúncia de uma das vítimas, que relatou ter sido lesada em um falso processo de renovação da carteira de habilitação. Os suspeitos que registraram as empresas em seus nomes possuem diversos boletins de ocorrência.

 

“Durante o cumprimento dos mandados de busca e apreensão, os investigadores encontraram a central em pleno funcionamento. Os ‘funcionários’ estavam aplicando o golpe em tempo real contra novas vítimas. Também foram localizados quadros com metas financeiras e roteiros de abordagem que orientavam os suspeitos na manipulação das vítimas”, acrescenta nota da Polícia Civil.

 

As investigações foram conduzidas por policiais da 2ª Central Especializada de Repressão a Crimes e Ocorrências Diversas (Cerco) e ainda seguem avançando e sendo registrada na 2ª Delegacia Cerco Sul.

 

A Polícia Civil paulista também está envolvida nos processos de investigação sobre o incidente cibernético que atingiu a C&M Software. A Polícia paulista já havia confirmado, em entrevista coletiva para anunciar a prisão de um dos envolvidos na ação, que as perdas caracterizariam este como o maior incidente de Cibersegurança da história do país, quando o máximo de perdas confirmadas estava na casa dos R$ 541 milhões.

 

Agora, no entanto, o delegado conta que outras instituições financeiras acusaram perdas em suas contas reservas mantidas no Banco Central do Brasil (Bacen). Com isso, o delegado Paulo Eduardo Barbosa, responsável pelas investigações do caso na Delegacia de Crimes Cibernéticos da Polícia Civil de São Paulo (DCCiber-PCSP), informou, em entrevista exclusiva ao jornal Valor Econômico, que uma análise preliminar das investigações indica que o prejuízo causado deve superar a estimativa anterior de R$ 1 bilhão.

 

A Security Report publica, na íntegra, nota divulgada pela Polícia Civil de São Paulo:

 

“Uma megacentral de telemarketing, usada para aplicar golpes por estelionatários, foi fechada pela Polícia Civil nesta quinta-feira (31), durante a Operação Cavalo Fantasma. A ação ocorreu em um prédio comercial localizado em Guarulhos, na Grande São Paulo.

 

As investigações foram conduzidas por policiais da 2ª Central Especializada de Repressão a Crimes e Ocorrências Diversas (Cerco), após a denúncia de uma vítima que relatou ter sido enganada ao contratar um falso serviço de assessoria para renovação de carteira de habilitação, por meio de um aplicativo de mensagens.

 

Durante o cumprimento dos mandados de busca e apreensão, os investigadores encontraram a central em pleno funcionamento. Os “funcionários” estavam aplicando o golpe em tempo real contra novas vítimas. Também foram localizados quadros com metas financeiras e roteiros de abordagem que orientavam os suspeitos na manipulação das vítimas.

 

Ao todo, cerca de 60 pessoas foram levadas à delegacia para prestar esclarecimentos. Além disso, aproximadamente 50 computadores, celulares e documentos diversos foram apreendidos.

 

Conforme a Polícia Civil, no mesmo prédio havia pelo menos sete empresas diferentes, cada um era especializada em um tipo de fraude, incluindo falsas renegociações de juros em empréstimos consignados, financiamentos bancários e supostos serviços de regularização de CNH. Os suspeitos, em nome de quem as empresas estavam registradas, possuem diversos boletins de ocorrência contra eles. As buscas prosseguem.

 

A ocorrência está em andamento e sendo registrada na 2ª Delegacia Cerco Sul”.

 

*Com informações da Folha de S. Paulo e do Estado de São Paulo

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