A Blue Coat Systems, Inc. divulgou pesquisa realizada com 3.130 colaboradores das áreas de finanças, saúde, TI e RH de empresas na Alemanha, França e Reino Unido. O estudo mostra que a maioria dos entrevistados – usuários das redes sociais com idades entre 18 e 54 anos – não adotam atitudes e tecnologias que poderiam protege-los nesses ambientes. A riqueza de informações pessoais e profissionais dos perfis dos usuários do Facebook, Instagram, Twitter, LinkedIn, etc. pode ser ativo para criminosos comuns e digitais.
Apesar dos constantes alertas de experts em segurança, o comportamento dos usuários das redes sociais não mudou. Em alguns casos, piorou. Isto é o que mostra a segunda edição da pesquisa realizada pelo YouGov a pedido da Blue Coat.
Maus hábitos imperam entre os usuários
- Em 2016, 42% dos entrevistados afirmaram que só aceitam pedidos de amizade nas redes sociais de pessoas previamente conhecidas. No levantamento feito em 2015, 43% disseram adotar esse comportamento.
- A privacidade e a configuração de controles continuam a ser um problema, com apenas 40% dos participantes afirmando que em 2016 configuraram suas contas de forma mais restritiva, de modo a permitir que apenas determinadas pessoas pudessem ver seus perfis. É um valor idêntico ao de 2015.
- Quando se conectam com outras pessoas, 41% dos participantes de 2016 disseram agir para comprovar as identidades daqueles que solicitam acesso. Trata-se de uma pequena melhoria diante dos 38% de 2015.
Todas as gerações agem de forma imprudente nas redes sociais
- Pessoas com idades entre 18 e os 24 anos mostram-se, em 2016, menos dispostas a proteger sua privacidade (49%) do que em 2015 (60%). Essa faixa etária é, também, o grupo menos empenhado em comprovar as identidades daqueles que querem conectar-se com eles (53%). Em 2015, 57% das pessoas encaixavam-se neste grupo.
- Entrevistados entre os 45 e os 54 anos melhoraram suas atitudes em 2016. 37% disseram sempre checar as identidades das pessoas antes de aceitar a conexão. Em 2015, 32% afirmaram fazer o mesmo. Para os colaboradores com idade superior aos 55 anos, as marcas foram de 40% em 2016 e 30% em 2015.
- Em 2016, 14% da geração milênio (idades entre 18 e 24 anos) disseram utilizar a mesma password em todas as aplicações.
- 36% dos funcionários empregam uma password diferente para cada rede social e aplicação de mensagens. Os alemães (21%) são os colaboradores mais preocupados em utilizar aplicações criptografadas. Somente 10% dos britânicos e 5% dos franceses fazem o mesmo.
Profissionais de finanças, RH e saúde têm comportamentos específicos
- Quem trabalha em bancos, seguradoras, etc. mostra-se mais disposto a aceitar conexões com desconhecidos – é o que dizem 63% dos entrevistados. Os 37% restantes afirmam que aceitam unicamente pedidos de pessoas conhecidas. Outras categorias profissionais mais abertas a contatos são pessoas que trabalham com Recursos Humanos (40%) e Saúde (41%),
- No momento de utilizar diferentes passwords em todas as aplicações, os profissionais de TI (39%) não estão muito longe das atitudes dos usuários finais das áreas da Saúde (36%), Vendas (35%) e Finanças (32%). Acima de todos estão os profissionais de RH, com 43% dos entrevistados afirmando utilizar senhas diferentes para aplicações diferentes.
- 16% dos profissionais das TI preferem trabalhar sempre com aplicações criptografadas; logo em seguida vem os 10% dos profissionais de Saúde.
- Os profissionais de TI são, também, os que mais se preocupam em comprovar a identidade de quem busca contato por meio das redes sociais (51%), frente aos 45% dos Recursos Humanos, 43% Saúde e 34% dos profissionais do setor financeiro.
- Apenas 33% dos profissionais de RH configuraram regras de privacidade em seus perfis, perdendo para os 47% dos times de TI e os 45% do setor de Saúde, duas das áreas com profissionais mais cautelosos.