Durante apresentação no congresso Re:Invent 2023 na última segunda-feira (27), o CSO da Amazon, Steve Schmidt, reafirmou o posicionamento estratégico da Big Tech em favor da Segurança da Informação mais focada em pessoas e no papel delas na proteção dos ativos digitais. Segundo o executivo, reconhecer essa realidade é essencial para o sucesso de todos os líderes de SI, e, por consequência, do negócio em si.
De acordo com Schmidt, em discussões sobre Cyber, é bastante comum empresas e clientes mergulharem imediatamente nos temas de tecnologia e processos, focando nos CVEs mais recentes, nas tendências de ataques e malwares do último trimestre e nas novas ferramentas lançadas pelos fornecedores.
“Contudo, por mais que esse assunto todo seja muito interessante, Segurança é um problema de pessoas: não são os computadores a se atacarem por conta própria, mas sim pessoas orientando as máquinas a prejudicarem outras pessoas. Há indivíduos por trás de ataques e roubos de dados, com objetivos diversos, desde influência, dinheiro ou ego”, afirmou o CSO.
Devido a esses fatores humanos, a SI passa a ser algo inconstante e facilmente mutável. Nesse sentido, o CISO moderno precisa ser resiliente a uma realidade complexa, transformadora e bastante imprevisível. Essa inconstância, segundo Schmidt, começa com a constante evolução do cibercrime, melhorando técnicas e ferramentas para atacar empresas e governos.
Ao mesmo tempo, as empresas estão adotando novas tecnologias e aplicando novas soluções visando entregar melhores resultados aos clientes. O CSO ressalta como ponto-chave do sucesso da Segurança apoiar o negócio conforme ele avança. Como resultado de um trabalho bem-feito nessa área, será possível garantir a continuidade da inovação.
“Pessoas são o nosso mais importante recurso. Elas são importantes em todas as camadas de proteção, e por isso devemos prover processos e ferramentas para torná-las mais efetivas. Nosso objetivo na AWS é permitir às pessoas focarem seus esforços nos problemas mais dinâmicos e ambíguos que não podem ser resolvidos por softwares. Isso significa entregar soluções capazes de automatizar e escalar o trabalho”, disse Schmidt.
O executivo ainda tratou da demanda por novos talentos em Cyber, uma das grandes carências do setor que os cibercriminosos indiretamente se aproveitam. De acordo com ele, é essencial ampliar a efetividade das equipes, aliando a formação de mais profissionais com a automação de processos sem a necessidade de interação humana.
“Na AWS, temos buscado trazer mais pessoas para a profissão de Cibersegurança e ampliar as capacidades dos já inseridos no mercado, via parcerias com instituições superiores pelo país. Além disso, temos embarcado cada vez mais recursos de AI Generativa como meio de criar uma cooperação mútua entre as pessoas e as máquinas”, encerrou Schmidt.