Promover Segurança Cibernética nos ambientes digitais do setor público é um dos grandes desafios para os profissionais desse segmento. Um dos motivos do gargalo é a baixa maturidade no tema e é aqui que o apoio de parceiros tem se mostrado um diferencial para os órgãos públicos.
Na visão de César Schmitzhaus, Diretor de Tecnologia e Inovação na Teltec Solutions, além de diversos níveis de maturidade, o setor conta com ambientes heterogêneos, o que dificulta a atuação dos times de Segurança da Informação. Além disso, o cenário atual de avanço na digitalização torna a gestão da SI mais complexa, pois cada área está envolvida com atividades distintas.
Para mudar esse cenário, Schmitzhaus argumenta ser necessário criar fóruns de relacionamento entre os órgãos públicos, permitindo que cada um tenha conhecimento das carências do outro, do quanto alguns serviços aos cidadãos estão interligados. Na visão do executivo, desenvolver uma cultura de compartilhamento de informações e troca de experiências pode ampliar a maturidade em Cyber de forma coordenada.
“É possível aplicar canais abertos de comunicação entre todos os órgãos do governo sobre os temas de Segurança da Informação. Até porque, existem entidades com diferentes níveis de maturidade em SI, como instituições financeiras públicas, por exemplo”, pontua o executivo em entrevista à Security Report.
Ele explica que o trabalho da Teltec é atuar como parceira do setor público aplicando sua expertise de acordo com as necessidades de cada órgão. “Trabalhamos com a Polícia Federal e grande parte dos ministérios, mas também com a Caixa e o Banco do Brasil. Todos esses projetos de Segurança demonstram a diversidade do segmento, com algumas instituições mais maduras em relação a outras”, diz.
Estratégia de mercado
A companhia tem atuado junto a diversos setores públicos federais, especialmente no Poder Judiciário e em instituições financeiras, oferecendo oportunidades em tecnologia de dados com Cibersegurança embarcada. Atualmente, a parceria da Teltec com o Governo está em torno dos 60% do portfólio. Mas a meta daqui pra frente é alcançar a paridade de participação entre público e privado. Isso, segundo Schmitzhaus, envolve adaptar os diálogos segundo as demandas e maturidades de cada cliente.
“Temos contratos de serviços em tecnologia on premise, cloud e ambientes híbridos. Nesses casos, estão incluídas as operações de Segurança com recursos de EDR para proteger todo o ambiente e Network Operation Center (NOC), um ambiente aliado ao SOC e focado em gerenciamento. Esse know how nos permite conversar em alto nível sobre ambos os assuntos de maneira consistente com os clientes”, comenta o executivo.
Com o objetivo de alcançar essa paridade, a Teltec deve continuar avançando no setor privado, sem se descuidar dos clientes de Governo. Isso envolve, em especial, contatos com corporações médias e grandes, com foco nos ambientes em nuvem.
“Embora muitas empresas, públicas ou privadas, entendam que migrar para Cloud e manter um antivírus atualizado já seja o suficiente, essa não é a verdade. O uso de nuvem exige camadas de proteção adicionais e equilibradas de acordo com as demandas dos funcionários. Isso envolve uso de MFA, controles de acesso e conscientização de pessoas”, conclui o diretor.