Os seis golpes digitais mais aplicados no Brasil, segundo pesquisa

Levantamento aponta os seis golpes mais frequentes em 2025; especialista destaca que dicas atuais já estão defasadas e pede campanhas educativas mais eficazes

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Presidente da Associação de Defesa de Dados Pessoais alertou que crimes estão mais sofisticados e que vítimas seguem desamparadas. De acordo com dados compilados pela Associação de Defesa de Dados Pessoais e do Consumidor(ADDP), seis tipos de fraudes se destacam no momento, tanto pela frequência quanto pelos danos causados.

 

Entre os golpes mais aplicados, levantados na pesquisa estão: o link malicioso, segundo o relatório, normalmente são disfarçados de aviso bancário ou mensagem da Receita Federal, o link geralmente leva a um site falso ou instala um programa espião no celular da vítima. Além dele, o falso benefício, com a promessa de liberação de verbas como INSS ou Bolsa Família, o golpista exige um depósito inicial para liberar o valor, e desaparece após o pagamento.

 

O estudo comentou sobre o golpe do WhatsApp, o qual A vítima é induzida a clicar ou compartilhar códigos, permitindo que criminosos cliquem sua conta e acessem outros aplicativos e dados pessoais. E sobre o caso dos falsos gerentes de banco, neste os criminosos ligam dizendo ser do banco e pedem dados confidenciais para “cancelar uma operação suspeita”. Com as informações, assumem o controle da conta.

 

Outras ameaças comuns são as falsas venda online, com sites bem produzidos oferecem produtos com preços irresistíveis. O consumidor paga, mas nunca recebe o produto. E os especialistas mostraram que também há a falsificação de empréstimos consignado, encontrados em anúncios reais do governo sobre novas linhas de crédito, golpistas pedem que a vítima preencha um cadastro e pague uma taxa para liberar o dinheiro.

 

Para o advogado Francisco Gomes Junior, presidente da ADDP e sócio do OGF Advogados, o mais preocupante é que as vítimas desses golpes não só arcam com prejuízos financeiros, como ainda enfrentam uma espécie de julgamento social, como se fossem culpadas por terem caído na armadilha. “É comum ouvir frases como ‘não acredito que você caiu nisso’ ou ‘caiu porque foi ganancioso’. O resultado é um sentimento de orfandade digital, como se não houvesse para onde correr depois do golpe”, afirma o advogado. “Os criminosos sabem exatamente qual isca usar em cada momento do ano. Em abril e maio, o tema é Imposto de Renda. Em dezembro, o golpe muda de cara e fala sobre 13º salário, por exemplo”, completa.

 

Embora as orientações básicas reforcem o cuidado com links, senhas e verificação em duas etapas, o especialista apontou que essas medidas, por si só, não são suficientes. “As dicas atuais já estão ultrapassadas. Os criminosos se aproveitam da mudança constante no cenário digital. É preciso uma abordagem mais moderna, com campanhas educativas mais eficazes e apoio real às vítimas.”

 

Outro ponto de alerta envolve o uso do Bluetooth. Pois vídeos que circulam nas redes mostram como criminosos podem acessar dados de aparelhos próximos em ambientes públicos, caso o recurso esteja ativado. É o que a ADDP chamou de “golpe invisível”, porque acontece sem que a vítima sequer perceba.

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