Assim que o fim do ano se aproxima, a indústria de segurança logo se antecipa em divulgar previsões e tendências que devem ocorrer nos próximos doze meses. Mais convergência entre os mundos físico e tecnológico e as implicações futuras desse novo ecossistema digital para as organizações ao redor do mundo é um dos destaques apontados pelo relatório da Forcepoint, elaborado em parceria com a Raytheon.
Segundo a empresa, a crescente adoção de Inteligência Artificial ativada por voz para acessar a Web, dados e aplicativos irá abrir novos vetores criativos e aumentar as preocupações sobre a privacidade de dados. Também se pode esperar um aumento de ameaças internas com incentivo corporativo, cujo objetivo é afetar dados de clientes, rentabilidade e outras metas de desempenho, forçando as companhias a reavaliar seus ambientes e estratégias de crescimento.
Outra previsão é que as organizações que estão migrando seus ambientes vulneráveis para a nuvem sem a preparação necessária terão benefícios limitados em termos de segurança, uma vez que as plataformas usadas para executar máquinas virtuais serão um alvo cada vez mais comum de ataques.
Depois de 2017, o Regulamento Geral de Proteção de Dados (do inglês, GDPR) da União Europeia (UE) será uma exigência legal. As demandas do GDPR podem elevar os custos para organizações com a adoção de novos controles de proteção de dados e múltiplas partes interessadas debatem com “quem, quando e como” das novas regras sobre acessibilidade de dados.
“As organizações acreditam que a migração para a nuvem oferece algum tipo de segurança inerente,” disse Josh Douglas, Diretor de Estratégia da Raytheon Foreground Security. “Mas o fato de migrar seus dados para a nuvem não isenta as organizações de sua responsabilidade de continuar garantindo a segurança dessas informações e implementar as melhores práticas disponíveis no mercado. Qualquer companhia que participa dessa corrida para a computação em nuvem sem levar a segurança em conta será mais vulnerável em 2017.”
O Relatório de Previsões em Cibersegurança para 2017 avalia todos os aspectos da segurança digital, desde o comportamento de empresas e indivíduos até o impacto das principais tendências tecnológicas na atuação de governos e em termos de interação internacional.