Novos métodos de autenticação prometem consolidar tendência passwordless

Mecanismos interessantes estão sendo implementados e em desenvolvimento para melhorar a segurança cibernética e a experiência dos usuários, mas é importante analisar caso a caso para avaliar benefícios e desafios de implementação e desafios de atualização

Compartilhar:

A Redbelt Security vem analisando há algum tempo os benefícios e os riscos da autenticação sem senha, uma abordagem que se propõe a eliminar a necessidade de senhas tradicionais em favor de métodos mais seguros e convenientes de segurança cibernética.

 

É um método que inclui biometria, tokens de hardware e autenticação multifator, entre outros, e vem ganhando destaque devido à resistência a ataques de phishing, malware e força bruta. Entre os benefícios destas autenticações estão a eliminação de riscos relacionados às senhas, que são frequentemente o elo mais fraco na cibersegurança cibernética, por serem facilmente roubadas, adivinhadas ou reutilizadas.

 

“Estes mecanismos reduzem também ataques de phishing e stuffing de credenciais, porque esses ataques dependem da obtenção de senhas de usuários por meio de engenharia social ou sites falsos, além de protegerem contra os ataques man-in-the-middle, por envolver criptografia forte e outros recursos de segurança, tornando maior a resistência a interceptação de comunicações entre um usuário e um aplicativo por invasores para roubar credenciais ou dados”, diz Marcos Almeida, gerente do Red Team e de inteligência de ameaças na Redbelt Security.

 

Segundo Almeida, outras vantagens destas autenticações são uma melhor experiência do usuário, que ganha maior conveniência por não precisar criar, lembrar e gerenciar várias senhas complexas, tem acesso mais rápido e maior acessibilidade. Além disso, são reduzidos custos de TI relacionados à redefinição de senhas, suporte ao usuário e investigações de violações de dados e há melhoria de conformidade com controles de acesso mais fortes.

 

Os principais mecanismos de autenticação sem senha são:

 

Fatores de posse: são métodos de autenticação que dependem de algo que o usuário possui fisicamente. Isso inclui dispositivos móveis que geram ou recebem tokens de autenticação; aplicativos autenticadores que geram senhas de uso único baseadas em tempo (TOTPs) ou notificações push; tokens de hardware (tokens USB ou chaves compatíveis com FIDO2) ou cartes inteligentes que contêm credenciais de usuário.

 

Biometria: usam características físicas ou comportamentais exclusivas do usuário para autenticação. Isso pode incluir leituras de impressões digitais, reconhecimento facial, varreduras de retina e íris, impressões de voz e até mesmo a atividade elétrica do coração do usuário (ECG).

 

Fatores de conhecimento: embora não seja um método direto de autenticação sem senha, fatores de conhecimento como PINs ou respostas a perguntas secretas podem ser usados em combinação com outros métodos em uma configuração de autenticação multifator (MFA).

 

Links mágicos: links mágicos são URLs exclusivas e de uso único, enviadas para o e-mail ou telefone de um usuário. Quando o usuário clica no link, ele é autenticado sem a necessidade de inserir senha.

 

“Os benefícios têm motivado o uso crescente desses métodos em setores como finanças, saúde e governo e destacado seu papel vital na proteção de dados sensíveis e na conformidade regulatória. Mas existem discussões sobre as limitações atuais da autenticação sem senha, especialmente em relação aos deepfakes e à verificação da verdadeira identidade do usuário”, alerta Almeida.

 

O executivo da Redbelt Security explica que “estratégias como autenticação baseada em contexto e identificação adaptativa de riscos, podem mitigar danos, sendo essenciais para enfrentar as ameaças avançadas na era digital. Porém, é fundamental considerar que a adoção de uma estratégia de cibersegurança com autenticação sem senha exige mudanças na infraestrutura e nos processos de TI e que é necessário escolher métodos que sejam fáceis de usar e acessíveis a todos os usuários.

 

“Os métodos de autenticação sem senha devem ser robustos e oferecer proteção adequada contra quaisquer ataques. Entretanto, apesar de oferecerem um caminho promissor para melhorar a segurança cibernética e a experiência do usuário, eles ainda estão em desenvolvimento e podem não ser ideias para todos os tipos de empresas e indivíduos, que devem considerar cuidadosamente seus benefícios e desafios antes de implementar qualquer solução”, recomenda Almeida.

 

Conteúdos Relacionados

Security Report | Overview

Vazamentos geraram cerca de 600 anúncios com dados brasileiros na dark web

Análise da Kaspersky indica que os setores público e de telecomunicações foram os mais visados pelos ataques que resultaram nos...
Security Report | Overview

Febraban alerta para golpe do falso fornecedor

Criminosos investem em anúncios na internet e em plataformas online de serviços de manutenção para cometer crimes com o uso...
Security Report | Overview

Novo malware finge ser assistente de IA para roubar dados de brasileiros, afirma relatório

Pesquisa revela que golpistas estão usando anúncios no Google e um aplicativo falso de IA (DeepSeek) para instalar programa que...
Security Report | Overview

Brasil está entre os dez países com mais ameaças de malware, afirma pesquisa

Relatório indica nações que devem tomar precauções extras para tornar os sistemas corporativos mais resilientes contra ataques como ransomware