A Pátria Investimentos é uma empresa de atuação no mercado financeiro com foco em gestão de investimentos. Com o objetivo de gerar um novo impacto no mercado latino-americano de Segurança Cibernética, a companhia lançou hoje (30) uma nova empresa, a Security Ecosystem Knowledge (SEK), que surgiu da fusão de duas outras aquisições da holding no setor de SI: a brasileira Proteus e a chilena NeoSecure.
Dentre as estratégias, o destaque vai para o fortalecimento da atuação no mercado latino-americano, somando 20 anos de atuação de ambas as companhias em uma marca, além de ofertar soluções e serviços de cibersegurança voltados a apoiar os CISOS nos principais desafios cibernéticos. A Pátria será a empresa controladora e dona de 80% do shareholding da nova organização, que tem sede no Brasil e operações no Chile, Argentina, Colômbia e Peru. A nova organização nasce com um faturamento superior a US$ 100 milhões, uma carteira de mais de 650 clientes ativos e uma equipe de 750 profissionais.
Durante a apresentação, o CEO da SEK, Maurício Prado, fez uma análise a respeito das fusões do mercado de Segurança da Informação nos últimos anos e qual será a progressão daqui pra frente. O executivo ressaltou números da Cybersecurity Ventures, dizendo que o Cibercrime está estimado em custar ao mercado internacional cerca de US$ 10,5 trilhões anualmente até 2025. Esse valor colocaria a criminalidade cibernética como o terceiro PIB mundial, atrás apenas de EUA e China.
“Como um apaixonado no impacto da tecnologia na vida das pessoas, eu percebi que a Cibersegurança é o maior freio para a inovação digital no Brasil e no mundo. Se queremos ver a sociedade evoluir, precisamos tomar atitudes de forma a tornar o ciberespaço mais seguro, no sentido de preservar o avanço da inovação e melhorar o nosso estilo de vida”, afirmou Prado em coletiva de imprensa realizada hoje em São Paulo.
A demonstração de crescimento exponencial do mercado de SI, calculado, segundo o CEO, em 11% ao ano, incentivou ainda mais a criação da SEK nesse meio. Além disso, espera-se que os investimentos em inovação também cresçam conforme o mercado, criando um dinamismo ainda mais interessante para a geração de recursos no setor. Na visão do executivo, o setor de Cibersegurança também se mostra bastante aberto à novas oportunidades, especialmente diante de tantos desafios e alta da criminalidade cibernética.
Fernando Galdino, Portfolio e Strategy Director da SEK, destacou também as possibilidades que a organização oferece na área de Segurança ofensiva. Ao incorporar as técnicas dessa área da SI nas ofertas de detecção e proteção, de acordo com o executivo, a SEK passa a aplicar em seus recursos o olhar e o conhecimento do hacker nas funcionalidades oferecidas.
“Só no ano passado, detectamos e prevenimos mais de 150 milhões de ataques. Isso cria um círculo virtuoso de coleta de informação e desenvolvimento de aprendizado, além de experiência que nos retroalimenta para criarmos capacidades e soluções melhores. Nosso foco está, principalmente, em ganhos de velocidade na detecção e na prevenção de riscos cibernéticos”, explicou Galdino.
Segundo o executivo, que tem mais de 20 anos de experiência em Segurança, atuando como Head de Cyber Security de empresas como a Eurofarma, a proposta da SEK será criar uma jornada de geração de valor mantendo atenção às camadas de segurança, às dimensões mercadológicas e à maturidade de cada um dos clientes. Dessa forma, a empresa tem como meta atuar na antecipação aos riscos dos sistemas empresariais, retroalimentando os recursos tecnológicos de informações a fim de gerar novas ações de detecção de vulnerabilidades. Assim, quando surge um momento de crise, a resposta dada ao incidente passa a ser mais rápida e efetiva.
Pensando nessa estratégia de atendimento, a SEK planeja contar com uma estrutura baseada nos grandes mercados de cibersegurança na América do Sul, com 4 Cyber Defense & Response Centers em países diferentes do subcontinente, além de dois centros de pesquisa e inovação. A SEK ainda mantém vistas para o lançamento de um quinto centro de CDR em território brasileiro nas próximas semanas.
Fomentando Inovação
Durante a apresentação, os executivos também falaram da proposta da companhia em colaborar com a Comunidade de SI em toda América Latina, com o objetivo de desenvolver mais conhecimento e reduzir desafios, como o GAP de mão de obra. Entre as ideias, está um plano de apoio à startups e a formação de novos profissionais de Cyber, que deve alcançar 5 mil profissionais já no segundo semestre de 2023.
“Esse é um projeto que nos orgulha bastante, estando englobado na nossa estratégia de ESG. Nossa proposta é impactar a vida das pessoas, também no mercado de trabalho de SI, nos permitindo agir contra esse GAP, oferecendo aos novos profissionais oportunidades emergentes na área”, conclui Galdino.
Para 2023, outra estratégia da SEK passa pela aceleração do crescimento no mercado brasileiro. Com o objetivo de dobrar a operação neste ano, a companhia planeja US$ 15 milhões em investimentos para desenvolvimento de portfólio, posicionamento de mercado e capacitação de profissionais. Até o final do ano, empresa planeja a contratação de mais de 150 profissionais no Brasil e América Latina.