BC exige compartilhamento de dados sobre fraudes entre instituições financeiras

Para atender a uma demanda do mercado, a tecnologia Detectaflow da Núclea garante aderência aos requisitos já definidos pela normativa do Banco Central

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Três meses antes de entrar em vigor (01/11) a nova norma do Banco Central que prevê o compartilhamento de informações de suspeita de fraudes entre as instituições financeiras (IFs), o mercado está se movimentando para cumprir as novas regras anunciadas em maio. A Núclea (ex-CIP), tech company provedora de infraestrutura bancária e de pagamentos para o sistema financeiro, está adiantada com as novas orientações do Banco Central (Bacen) e lança tecnologia para IFs dentro dos requisitos iniciais da normativa – que ainda terá diretriz complementar a ser anunciada.  

O Detectaflow, solução antifraude da Núclea que atua após a fraude ocorrer tem foco na recuperação de valores é capaz de mostrar o “caminho do dinheiro” em uma visão sistêmica, acompanhando a movimentação dos recursos financeiros e das contas envolvidas empregando por meio de tecnologia de inteligência artificial e machine learning. No sistema, em 2023, a taxa de recuperação total das fraudes chegou a 43,01%, com um ticket médio de R$ 33.645,00 para operação fraudulenta. 

Dados atualizados mostram que, das contestações registradas na plataforma, 90% são golpes (quando a vítima é “induzida”, como, por exemplo, em golpes do Whatsapp, do falso boleto ou da maquininha trocada) e 10% são fraudes, ou seja, quando não há participação da vítima.  

Deste total, 53% das contestações via DetectaFlow ocorre na trilha de pagamento boleto, enquanto 46% são por TED e 1% via DOC. Os números da Núclea são de janeiro a julho de 2023. Ocorrências com PIX, cartões (crédito e débito) e criptomoedas serão integradas na nova ferramenta até o final do ano. 

Normas do Banco Central 

A plataforma está passando por uma atualização para seguir a Resolução Conjunta nº 6, de 23/5, do Bacen, a qual dispõe sobre os requisitos para compartilhamento de dados e informações sobre os indícios de fraudes a serem observados pelas IFs, instituições de pagamento e demais autorizadas a funcionar pelo Banco Central do Brasil.  

“A empresa está pronta para ofertar soluções que permitam que seus clientes estejam aderentes a resolução e se beneficiem dos dados de fraude compartilhados, com layout da informação padronizada e interoperabilidade funcional entre participantes do mercado”, explica Murilo Garcia, Superintendente de Dados da Núclea. 

O Detectaflow é uma plataforma multicanal que opera com portal web e interfaces de programação de aplicativos (APIs) conectados às IFs onde é possível registrar, modificar, excluir e consultar dados, marcações de fraudes e golpes do mercado financeiro de forma única ou através de interoperabilidade com demais players. Além de permitir o rastreio e a recuperação dos valores roubados, o que diminui o risco operacional e reputacional, custo de análise de casos e de inserções com os dados de fraude e golpe em compliance através da nova resolução do Banco Central. O sistema ainda permite toda a gestão de dados e casos, assim como geração de insights com foco em prevenção de fraudes. 

Em outra frente, a Núclea faz parte de um Grupo de Trabalho junto com a Febraban, demais associações e o Bacen para contribuir nas discussões sobre regras, premissas e diretrizes que auxiliarão na construção da versão final da Resolução. 

Tecnologia no ciclo da fraude 

O sistema, que está sendo usado no momento por 11 IFs em todo o País, e ambição de chegar a 50 instituições até o final do ano atua em contestações de valores com o objetivo de recuperar o que foi subtraído de forma ilícita das contas de clientes. Por registrar todas as ocorrências de fraude e de golpes digitais, o sistema captura dados transacionais de fraude e está aderente à Lei Geral de Proteção de Dados Pessoais, além de utilizar as melhores práticas de segurança. 



“Hoje o mercado é muito focado em iniciativas e ações para evitar que as fraudes ocorram. A Núclea vai além e traz uma visão completa para todo o ciclo da fraude, do pré evento ao pós, para entender, mapear o comportamento do fraudador e recuperar o dinheiro desviado por esse meio. Esse conhecimento possibilita a criação de melhorias que vão contribuir, com tempestividade e técnicas de inteligência artificial, para compor as informações necessárias para minimizar os impactos e reduzir o volume de fraudes e golpes”, complementa Murilo Garcia. 


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