O tema de Segurança Cibernética vem ganhando muito destaque dentro das empresas brasileiras. Mas desde os eventos globais em 2017 como WannaCry e Petya, o assunto é prioridade dos CIOs brasileiros. De acordo com as previsões da IDC Brasil, a Segurança da Informação seguirá avançando, principalmente com soluções inteligentes e adoção continuada de serviços gerenciados.
As soluções de próxima geração ganham importância e aceleram o crescimento atingindo US$ 671 milhões no Brasil, crescendo em ritmo 2,5x mais rápido que as soluções tradicionais em 2019. Os recursos de inteligência artificial e machine learning são percebidas como fundamentais nessas soluções de NextGen para combater as complexidades e diversidade de ataques.
Já os gastos com serviços gerenciados (Managed Security Services – MSS) ultrapassarão US$ 548 milhões já nesse ano, acirrando uma competição entre provedores e operadoras de telecomunicações. Juntos, NextGen e MSS devem movimentar mais de US$ 1 bilhão na Segurança Cibernética brasileira.
De acordo com Pietro Delai, gerente de Consultoria e Pesquisa da IDC Brasil, existe uma estruturação de oferta de serviços gerenciados de forma bem ampla por parte das operadoras.
“Elas miram uma oferta com recursos de software de monitoramento, hardware dedicado para análises e serviços de telecomunicações. Esse combo que pode atuar na gestão de redes internas para gerenciamento de wi-fi, por exemplo, e também para monitorar/barrar ataques de DDoS”, acrescenta o gerente durante coletiva de imprensa realizada hoje, 05, em São Paulo.
Amadurecimento do mercado
Em um outro estudo recente, a IDC ouviu executivos de linha de negócio de 150 grandes empresas que operam no Brasil no quesito preocupação com Segurança Cibernética, 52% dos entrevistados responderam que sim, o tema é importante e gera preocupação.
“O WannaCry derrubou empresas, organizações próximas de nós tiveram que desligar tudo por conta desse ações maliciosas, ou seja, vejo um amadurecimento muito forte da SI. Não dá mais para falar de TI e Telecom sem falar em Segurança. Em tempos de transformação digital, não dá para falar de negócios sem falar de SI”, completa o executivo.
Sobre a corrida da conformidade com a Lei Geral de Proteção de Dados, a IDC enxerga que o movimento das organizações brasileiras irá se intensificar mais próximo do período de vigência da lei. “Nossa sensação é que terá uma tremenda corrida para direcionar recursos e estabelecer um plano de ação só aos 45 do segundo tempo”, pontua Luciano Ramos, gerente de Pesquisa e Consultoria de Software e Serviços da IDC Brasil.
“O que estamos ouvindo é que o tema LGPD é um assunto que ao longo do primeiro semestre de 2019 será para ser entendido, no segundo semestre os gestores devem pedir orçamentos de implementações tecnológicas e implementação só no começo de 2019”, finaliza Pietro Delai.