Microsoft Teams vira alvo do malware DarkGate em 2024

Nova descoberta vem em concordância com outras detecções feitas pela Netskope, que detectou 46% dos malwares sendo entregues via cloud em dezembro de 2023

Compartilhar:

A Netskope anunciou ter detectado novos avanços do malware DarkGate esperados para esse ano de 2024. Tudo indica, segundo os especialistas da organização, que o elemento malicioso deve direcionar seus ataques especialmente para as ferramentas de chat do Microsoft Teams, baseando-se em vulnerabilidades expostas na ferramenta para comprometer sistemas vitais das organizações.

 

De acordo com Paolo Passeri, especialista em Cyber Intelligence da companhia, esse malware foi desenvolvido em 2017 e comercializado como MaaS (Malware-as-a-Service). A campanha ganhou as manchetes recentemente após ser descoberta em grupos de bate-papo do Microsoft Teams, que tem 280 milhões de usuários por mês.

 

“O DarkGate foi originalmente distribuído via e-mails de phishing, e no ano passado os invasores evoluíram sua metodologia de ataque e começaram a explorar vários serviços em nuvem para distribuição. Esta não é a primeira vez que está ativo no Microsoft Teams: em agosto do ano passado, o DarkGate usou o recurso para entregar sua carga útil, hospedada em um site do Microsoft SharePoint”, explica Passeri.

 

O importante a notar é que este desenvolvimento mais recente está completamente alinhado com a tendência mais ampla de agentes de ameaças que usam aplicações em nuvem em vários pontos da Kill Chain de seus ataques. Os aplicativos em nuvem permitem uma carga maliciosa flexível e uma infraestrutura em nuvem flexível para entregá-la.

 

Em dezembro de 2023, 46% do malware foi entregue a partir da nuvem, por isso não é surpresa que os criminosos cibernéticos procurem constantemente uma cadeia de ataque cada vez mais complexa, onde vários serviços legítimos são encadeados com o único propósito de atrair as vítimas para descarregarem a carga maliciosa, e para evitar as tecnologias legadas de segurança da web (e de e-mail) que não reconhecem instâncias, não são adequadas para inspecionar o tráfego SSL em escala e, portanto, cegas ao contexto.

 

Na visão do especialista, as organizações devem garantir que a segurança na nuvem esteja no topo de sua lista de prioridades táticas de segurança para 2024, porque os invasores continuarão a tirar vantagem de quaisquer lacunas de segurança.

 

Destaques

Colunas & Blogs

Conteúdos Relacionados

Security Report | Overview

Estudo detecta nova campanha de phishing focado em domínio legítimo

Pesquisadores identificam mais de 40.000 e-mails maliciosos enviados a partir do domínio oficial facebookmail[.]com, explorando funcionalidades do Meta Business Suite...
Security Report | Overview

Ataques que se disfarçam em programas legítimos dobram no último ano

Em pesquisa, organização treina IA para reconhecer DLL hijacking, ainda alerta que a técnica de cibercrime pode passar despercebida por...
Security Report | Overview

43% dos profissionais de SI apontam tensões geopolíticas como risco para ambientes ciberfísicos

Pesquisa global revela como as organizações estão navegando por um cenário econômico incerto para proteger infraestruturas críticas
Security Report | Overview

Vulnerabilidades expõem riscos em sistemas corporativos amplamente utilizados, revela pesquisa

Análise aponta que casos recentes envolvendo Google, Cisco, VMware, QNAP e Microsoft mostram que vulnerabilidades seguem sendo o principal vetor...