A implementação da LGPD aconteceu após quase dois anos, período no qual as empresas tiveram para se adequar à nova realidade de cuidado, tratamento e proteção dos dados pessoais. Ocorreu em um ano de pandemia, no qual a área de tecnologia e cibersegurança estiveram às voltas com a missão de reinventar negócios e garantir a sobrevivência de empresas nesse período turbulento.
De acordo com especialistas da área de Segurança, a maioria das companhias está no processo de adequação. Umas estão mais avançadas em termos de conformidade, mas existem outras que ainda não deram o pontapé inicial de adequação.
Para Arthur Sabbat, diretor da Autoridade Nacional de Proteção de Dados, as empresas precisam mudar a forma como enxergam os dados pessoais. “Eles precisam ser considerados na estratégia que molda a organização em todos os níveis, ou seja, fazer parte de seu DNA”.
“LGPD e privacidade não são assuntos restritos a times técnicos e à segurança da informação, nem ao aspecto legal exclusivamente. É uma junção de várias visões e contribuições de diversas áreas que acabam sendo necessárias”, aponta Paulo Barbosa, gerente de Segurança da Informação da Unicred.
O grande pilar para fazer valer a LGPD dentro das empresas, em uma visão uníssona de todos os especialistas, está na mudança cultural, o que inclui a própria sociedade. “Este é nosso maior desafio, como profissionais e sociedade. As empresas precisam aderir a lei, ser mais eficientes e ter mais respeito com os dados pessoais e privacidade. E as pessoas precisam se preocupar mais com os dados fornecidos”, enfatiza Tarek Bazzi, Gestor de Segurança da Informação e Privacidade da Renault.
Ao longo de 2020, a Security Report e a TVD promoveram em parceria com a Fortinet uma série de encontros com CISOs e especialistas para debater o impacto da LGPD nas organizações. Foram diversos encontros virtuais e dinâmicas de Sala de Crise que resultaram em um e-book com overview das opiniões e melhores práticas. O conteúdo está disponível para download.