Autoridades israelenses prenderam um homem de 38 anos por roubar segredos do Grupo NSO, empresa especializada no desenvolvimento de spyware e auxílio a governos em ciberespionagem. A empresa se denomina uma “fornecedora de soluções para governos combaterem crime e terrorismo”.
O homem, que não teve sua identidade revelada, trabalhou como programador na companhia, mas foi demitido após as suspeitas de ter roubado dados da NSO que incluíam software e ferramentas, para vendê-los na Dark Web por US$ 50 milhões. Segundo informações, o acusado copiou os programas e informações diretamente em um disco rígido portátil que, mais tarde, foi encontrado embaixo de sua cama.
O Grupo NSO é responsável pelo desenvolvimento do Pegasus, um spyware que, em 2016, tornava iPhones vulneráveis a ataques patrocinados por governos. As ações miravam dissidentes e ativistas, incluindo Ahmed Mansoor, que defende os direitos humanos nos Emirados Árabes.
As autoridades explicaram que, enquanto o acusado buscava enriquecimento, acabou por negligenciar a questão de segurança nacional e o provável colapso da NSO.
Essa não é a primeira vez que um funcionário tenta causar danos à empresa onde trabalhava. No mês passado a Tesla processou um ex-funcionário que obteve acesso a dados sigilosos da companhia e tentou acusar colegas de trabalho, fazendo com que os computadores deles ficassem registrados.
* Com informações do HackRead e TOI