A IBM e a TD SYNNEX inauguraram hoje (01), durante entrevista coletiva, o novo Centro de Excelência (CoE) conjunto em São Paulo. O objetivo do novo espaço de inovação é direcionar um espaço de evolução tecnológica voltado para receber demandas de parceiros e oferecer respostas baseadas nas novas tecnologias. Os focos envolvem especialmente capacitação de usuários, desenvolvimento de use cases e divulgação de conhecimento ao mercado.
O estabelecimento surge a partir da estratégia conjunta de ambas as companhias em oferecer possibilidades de transformação tecnológica aos clientes e canais externos. Nesse sentido, a Segurança Cibernética também ocupa um papel central, ao ser considerada uma necessidade na aplicação correta das inovações. Assim, os estudos movimentados no CoE serão, ao mesmo tempo, direcionados para a indústria Cyber e aplicadas a outras inovações criadas.
O Presidente da IBM LATAM, Tonny Martins, conta que os focos principais de trabalho no Centro serão as linguagens tradicionais e Generativas da Inteligência Artificial. Para ele, a tecnologia pode representar, além do aumento de produtividade do negócio, também um risco aos dados usados em seu treinamento, de sorte que uma das grandes preocupações do futuro será em garantir a integridade dessas linguagens.
“Atualmente, as IAs Generativas foram incluídas de vez nas operações cotidianas do business, tornando-a parte essencial da geração de renda da empresa. Ocorre que, se os dados e a própria tecnologia não estiverem resguardadas de ameaças externas, há o risco de ela entregar resultados ruins aos colaboradores, comprometendo tanto o comportamento quanto as ações futuras da empresa”, acrescentou Roberto Engler, Líder de Security SaaS da IBM LATAM.
Com a consolidação da IA como parte do negócio e da superfície de ataque, um dos objetivos do Centro de Excelência será municiar os parceiros e clientes das vendors com recursos e conhecimentos adequados para garantirem práticas seguras da IA e outras inovações. Isso será feito a partir de capacitação dos colaboradores e desenvolvimento de guardrails para a manutenção da IA.
Segundo Engler, essas propostas respondem a um cenário mais arriscado de Segurança da Informação. Hoje, o profissional vê um recrudescimento dos ataques de ransomware mais sofisticados e o crescimento do chamado “Identity Storm”: o comprometimento de identidades com fins de acessar ambientes fechados. Para a IA, uma ameaça como essa pode representar a perda de um longo processo de treinamento livre de informações corrompidas.
“Por isso, a Cibersegurança abordada no CoE considerará dimensões como proteção de dados e ferramentas, garantindo perímetro adequado de atuação do negócio; Segurança evasiva e preditiva para responder às ameaças presentes; e proteção da própria infraestrutura, monitorando acessos com rigidez. Tudo isso pode ser incrementado com a própria Inteligência Artificial”, comentou Martins.
Evolução da Cloud Security
Ainda na questão de proteção de infraestrutura, o Centro de Excelência deve focar em ampliar a maturidade da Segurança em Nuvem. De acordo com o Presidente da TD SYNNEX América Latina, Otávio Lazarini, Essa demanda segue bastante latente entre os clientes, tanto para aplicar as estratégias de proteção em si como para articular a autoridade no tema com os provedores.
“Ainda hoje, as empresas entram em choque com os provedores de Cloud para entender de quem é a responsabilidade, quando se trata de proteger esse ambiente. Da mesma forma, eles entendem que as proteções nativas dos armazenamentos são insuficientes diante das ameaças sofisticadas do presente, exigindo que se aplique outras ferramentas de Cyber para complementar o que já existe”, explicou Lazarini.
O executivo reforça também que a IA Generativa terá papel crucial nessa proteção maior da nuvem. “Especialmente diante da possibilidade de credenciais comprometidas darem acesso a agentes hostis, somente através da análise comportamental do usuário poderemos definir quando se está diante de um acesso anômalo. Como manter esse monitoramento em ambientes tão complexos como o híbrido e o multicloud? Apenas a IA pode fazê-lo”, conclui.